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20 anos depois, OG Vuino dá-nos “Fiz de Novo”

OG Vuino
OG Vuino | © BANTUMEN

Fiz de Novo é o primeiro álbum de OG Vuino, um álbum de estreia que chega até ao público mais de 20 anos depois do início da sua carreira. E que não se pense que chega com atraso, muito pelo contrário, Fiz de Novo chega no tempo certo, maturado por uma carreira sólida, de sucesso e com muito ainda por desvendar.

O projeto marca a hegemonia sonora entre o hip hop, o afrobeat e a música tradicional angolana, num nível a que poucos conseguem chegar.

Desde o “Intro” à “Última Rima”, com Mister K, Fiz de Novo é também uma amostra da maturidade que Vui conquistou ao longo da sua estrada na música e uma prova também da sua adaptação às sonoridades contemporâneas.

No álbum, Vuino trabalhou com nomes que dispensam qualquer tipo de apresentações dentro da cena hip hop e rnb lusófona, como Boss AC, Kadaff, Dji Tafinha, Rui Orlando, GM, Mister K, Sarissari, Lul Jorge, V-Lex, Joeezy, Elber, JP da Maika e Braúlio ZP.

Em entrevista à BANTUMEN, o OG do rap angolano contou alguns episódios relacionados com o processo de construção da obra, desde o surgimento do termo Fiz de Novo, como conheceu Slow J, a relação com MadSuperStar ou como foi cantar com Boss AC, entre outros assuntos.

O nome do projeto acontece por influência de uma das suas expressões mais repetidas nos últimos tempos: “fazer de novo”.

“Veio de um feeling muito parecido com o feeling que tive quando gravámos o Negócio Fechado. Só que agora aconteceu em formato a solo. Olhei para trás e com o resto da equipa fiquei feliz com o resultado e disse: uau, acho que fiz de novo”, relembrou OG.

Antes de fechar o título, considerou ainda a opção Ex Libris, expressão latina para associar a propriedade de um livro a uma pessoa ou biblioteca, assim como Osiris, deus da mitologia egípcia, por causa da africanidade que ele [álbum] traz. Acabei por me decidir pelo Fiz de Novo e acho que é a expressão que mais se encaixa. E o processo que me leva até ao lançamento do álbum é contínuo de estar a fazer”, explicou OG Vuino.

Quanto à produção do álbum, Vuino relembrou o nível de exigência que os produtores e o próprio artista tiveram durante a empreitada do Fiz de Novo. “O pessoal não tem noção da quantidade de horas que ficámos atrás do plug-in certo, o 808 certo, atrás da tarola certa e, mesmo assim, a arte nunca está completa porque, para mim, na visão do artista a arte nunca está acabada porque há sempre um detalhe de aprimoramento que podia ser feito”, explicou.

“A vida é feita de escolhas e caminhos. Por exemplo, na mistura de um track, de um beat, tu podes ter uma mistura mais grave, onde tu queres sentir o beat a bater e acabas por roubar alguma sensibilidade dos harmónicos, como os efeitos, as guitarras e os pianos. Queres um álbum mais light, onde vais sentir melhor as guitarras, os saxs [saxofone]; ou tu queres um álbum onde o beat, a tarola e o baixo vão fazer basicamente a essência do álbum. São escolhas, são opções, e o processo criativo da foi baseado em escolhas parecidas. Nem sempre são escolhas fáceis e nem sempre são perceptíveis ao ouvido do consumidor padrão, mas é feito uma triagem muito grande”, acrescentou.

Umas das grandes inclusões no projeto de Vui foi o produtor e cantor Slow J, cuja relação começou ainda nos estúdios da Big Bit. “Houve um trabalho dos Kalibrados que fomos fazer em 2009 e havia um dred que estava numa salinha a fazer uns beats. E houve um dia em que antes de ir para a nossa sala disse: deixa ainda ver a cena desse brada. Entrei, a gente falou e rolou uma energia muito boa e a nossa amizade surgiu assim”, relembrou.

Ouve estes e outros detalhes da construção do álbum Fiz de Novo na entrevista vídeo acima.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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