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No Mundaréu de Froiid, onde só cabem possibilidades

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“A luta continua” é um bordão que marcou um período histórico de revoluções que serviu de identidade para os movimentos socialistas que lutavam pelas independências das ex-colónias Portuguesas na África”.

Em fevereiro de 1961, eclode a Guerra do Ultramar. Os movimentos a favor da independência dos territórios ultramarinos acabariam por ganhar força. Seis anos depois do início, em plena ditadura do estado novo em Portugal, surgiam rumores de que a guerra havia terminado e que por fim, “as províncias ultramarinas” desistiram de lutar pelas suas independências. Foi então que Eduardo Mondlane, um dos líderes da independência moçambicana, num dos seus discursos, rebateu os boatos que vinham da metrópole alimentados pela propaganda do Estado Novo, com a seguinte afirmação: “A LUTA CONTINUA!”.

Não tardou para que esta declaração de Mondlane se tornasse no bordão e símbolo de resiliência da luta dos povos, assim como expressava também a identidade Marxista dos líderes revolucionários e de seus movimentos independentistas, desde Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Samora Machel e até a Miriam Makeba.

Foi na base dos signos socialistas que a luta adotada por estes movimentos e pessoas resumia-se nesta frase: “Homem livre e trabalho livre na sua própria pátria”, ou seja, conquistar a LIBERDADE que acabaria com o sistema desumano de exploração dos africanos em nome do capital, na sua própria terra; e a Independência, que buscava conquistar a autodeterminação dos seus povos e territórios.

Conquistada a liberdade e a independência, a promessa era a construção de novas sociedades – onde todas as contradições sociais da realidade colonial seriam superadas pela liberdade, igualdade e prosperidade material conquistada pelo trabalho livre, já não mais o forçado. O que definitivamente não aconteceu.

Porque, 63 anos depois do início dessas lutas, se observarmos os indicadores de progresso dessas sociedades, embora as pessoas sintam-se orgulhosas de estarem independentes do jugo colonial, não podemos negar que existe uma contradição explícita entre aquilo que se pretendia fazer e aquilo que de facto se tem feito hoje. O discurso da resolução dos problemas do povo, a justiça social e mais, ficaram na história.

Aqueles que ocuparam o poder político, passaram também a ser os novos donos do poder econômico, a nova burguesia, que ergueu pra si castelos e fortalezas pra proteger-se das mazelas sociais que eles mesmos provocaram. São os novos patrões, como dizia o Azagaia. A promessa de andarem sempre com o povo não passou de propaganda pra angariar votos. Essas pessoas que no passado dedicaram-se a lutar por causas justas, representam hoje a grande contradição com a nossa história.

E a pergunta que não quer calar é: a Luta continua?

Na procura contínua pela compreensão das transformações sociais e políticas em África, o segundo episódio da nova temporada do Matabicho trouxe um debate provocativo sobre o percurso histórico da democracia no continente africano. Com o tema “O Percurso Histórico da Democracia em África”, o episódio reuniu vozes proeminentes para explorar as primeiras duas ondas de democratização, ocorridas entre 1961-1975 e 1975-1991, além de vislumbrar a possibilidade de uma terceira onda na década atual.

Sob a moderação de Lea Komba, do BISO, os convidados António Fazenda (Angola), empreendedor social e fundador da coligação JP – Coligação da Juventude dos PALOP, Helton Vitalino (Cabo Verde), associativista e representante da JPD Portugal, e Pedro Okomo (Guiné-Equatorial), presidente da OJPLP – Organização Juvenil de Países de Língua Portuguesa, trouxeram suas experiências e visões para enriquecer o debate.

As raízes coloniais moldaram profundamente as nações africanas, influenciando a forma como os sistemas políticos e sociais se desenvolveram. Durante a conversa, a atenção se voltou para as duas primeiras ondas de democratização – os períodos entre 1961-1975 e 1975-1991 – que viram um movimento crescente em direção à democracia em várias partes do continente.

No entanto, os desafios foram e continuam a ser evidentes, com golpes de estado e estados fragilizados representando obstáculos ao progresso democrático. A discussão também abordou o potencial para uma terceira onda de democratização, considerando as mudanças sociais profundas e as preocupações dos jovens em relação ao futuro do continente e às liberdades individuais.

Ao olhar para o futuro, os participantes enfatizaram a necessidade de perseverança, educação cívica e colaboração entre nações e comunidades.

Neste novo Matabicho, pegamos nos acontecimentos de Montgomery, nos EUA, e sobre os quais falámos aqui, para conversar sobre solidariedade e aliança entre a comunidade negra.

Conduzido por Celestino Bastos, do BISO, e com o apoio de Elias Celestino, Lea Komba (ambos igualmente membros do BISO) e Mamadu Alimo Djaló, mestre em sociologia, a discussão abordou as interseções sociais e desafios dentro da comunidade negra, observando diferentes aspetos como opressão, dominação e descriminação.

A violência, enquanto defesa, é uma via legítima para travar a opressão? A teroria de Malcon X sobre a vitima tornar-se no agressor prevalece? Foram algumas das questões colocadas durante a conversa, que podes ouvir no player ou através do nosso canal de YouTube e plataformas de podcast.

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