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3 factos sobre Baltazar, o Rei Mago negro

Rei mago Baltazar

Representatividade sempre foi algo muito importante. Ajuda a manter a auto-estima, e estimula o crescimento individual.

Para quem é católico, Baltazar, o rei mago negro, é um dos primeiros exemplos de representatividade que muitos meninos negros ou mesmo de outras etnias que frequentam a igreja, viram enquanto cresciam.

Mas será que sabem de onde vem o suposto Rei Mago negro que esteve perante Jesus Cristo no seu primeiro dia de vida?

Aqui estão três factos interessantes que podem dar-te a entender um pouco mais sobre Baltazar e o seu significado no mundo da Bíblia.

Nem sempre foi negro

Antes da década de 1480, os reis magos eram ilustrados como três homens brancos, mas a sua etnia foi mudando ao longo dos anos.

Este assunto teve direito a uma exibição no J. Paul Getty Museum em Los Angeles, que foi estritamente dedicada à história por detrás dos reis magos e o porquê da etnia de Baltazar ter mudado de branco, para mouro, a negro.

A exposição explora a justaposição do que parece ser uma imagem positiva da história dos escravos, que foram brutalmente forçados a embarcar rumo à Europa.

É no século 15 que Baltazar negro aparece

Foi no século 15 que vários artistas europeus começaram a retratar Baltazar como negro e diz-se estar tudo associado à ida dos escravos para a Europa. As obras de arte que o retratam são datadas do período entre 1480 e 1490, que é na altura em que os portugueses iniciaram o tráfico de escravos na África Ocidental.

Baltazar pode ter sido utilizado como instrumento de conversão ao Cristianismo

Durante o tempo da escravatura, o uso da imagem de Baltazar como um homem negro foi utilizado para a conversão de escravos aos Cristianismo.

Na base da representatividade, os escravos foram apresentados com imagens de um membro da religião que se parecesse com eles de modo a colocar “todos os povos como sujeitos da mensagem cristã”.

A ideia já teria sido utilizada para atingir outras etnias, de modo a expandir o número de crentes, explicando (ou não), o porquê de este mesmo símbolo natalício, ter mudado várias vezes de etnia.

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