Com 31 anos, 4Rain é, provavelmente, um dos artistas de origem cabo-verdiana com o maior número de seguidores no Instagram. São praticamente um milhão e meio de pessoas a acompanhar a sua ainda curta carreira.
Com um maior foco no mercado da música internacional, visto que vive nos EUA, Stephan Tavares – o seu verdadeiro nome – está agora em Cabo Verde para reconectar-se com as suas origens, a nível pessoal e profissional.
O artista está no arquipélago desde o dia 6 de agosto para várias apresentações musicais, incluíndo um live set da plataforma de streaming africana Muska, que vai acontecer com a paisagem idílica do Forte de São Filipe, na Cidade Velha, como pano de fundo.
Já lá vão 14 anos desde a última vez que o DJ e produtor pisou os pés pela última vez no arquipélago. Convencido de que tudo acontece no momento certo, 4Rain acredita que, apesar de ter projetado este regresso noutros momentos, está é a altura certa, no tempo certo, mas estar em Cabo Verde. “Hoje, tudo é uma observação, são sensações. Não procuro perceber. Estou bem, estou sobretudo a sentir. Toda a gente dizia-me que “Cabo Verde é qualquer coisa” e nunca tinha entendido. Hoje valido completamente o que me diziam”, diz o artista em comparação com as primeiras viagens ao país, quando ainda era adolescente.
Em apenas cinco anos, 4Rain viu a sua carreira ascender depois de chegar aos Estados Unidos. A viver em Miami, o artista tem tido a oportunidade de trabalhar e ter o apoio de grandes estrelas internacionais, que a par do seu talento, empurraram o seu trabalho para o estrelato. “Estivemos nos charts [tabelas de música], nos Grammys… Tive a oportunidade de estar no meio de grandes artistas, rappers, como Tory Lanez e Meek Mill e acabei também por ganhar seguidores e fãs por ‘afiliação'”, disse.
4Rain nasceu em Cannes, em 1991, e além da música, no seu currículo tem um diploma em decoração e outro em Engenharia de som.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.