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7 curiosidades sobre a Guiné Bissau que provavelmente desconhecias

Guiné-Bissau
Foto: Ora International

O dia 24 de setembro assinala o Dia da Independência da Guiné Bissau, o que nos leva a lançar o repto para ires à descoberta do país continental e insular que tanto tem de belo como de invulgar. O país é pioneiro na luta de libertação colonial, foi o primeiro a conseguir a independência, reconhecida a 10 de setembro de 1973 (embora apenas declarada a 10 de setembro de 1974). Apesar de estar no ranking dos países menos desenvolvidos de África, é um viveiro cultural e dos poucos que conseguiu manter vivas as suas tradições culturais com pouca ou quase nenhuma influência externa.

1 – Reino de Gabu

Até ao século XIX, antes de ter sido tomada de assalto pelos portugueses, a Guiné-Bissau fazia parte do reino de Gabu (Kaabu), parte do imponente Império do Mali. No século XV, Gabu independente torna-se a principal potência política da região. Extensas redes comerciais ligavam os povos costeiros, onde proliferava o comércio de cola, ferro, malagueta e índigo das florestas da Serra Leoa até ao norte, aos rios Geba, Cacheu, Casamansa e Gâmbia. Ali, estes produtos, sal e peixe seco, eram vendidos a mercadores que os levavam até ao Sael e Saara.

2 – Inspiração Ganesa

A bandeira da Guiné-Bissau é inspirada na congénere Ganiana. Ambas têm as mesmas cores amarelo, vermelho e verde, assim como a estrela negra de África, a única diferença é a disposição desses elementos.
É verdade que os guineenses se inspiraram no Gana para a criação da bandeira – a luta que os ganenses tiveram de passar para conquistar a sua liberdade foi a principal força motriz para a libertação da Guiné-Bissau.
Após a independência do Gana em 1957, o presidente Kwame Nkrumah iniciou um périplo por vários países africanos para inspirá-los para aquilo que chamava os “Estados Unidos de África”.
A luta pela independência da Guiné-Bissau foi fortemente apoiada (moral e materialmente) por Nkrumah – mais um motivo para o país prestar homenagem com a sua bandeira.

3 – 88 jóias da coroa

As Ilhas Bijagós são a jóia da coroa da Guiné-Bissau, um arquipélago de 88 ilhas que Património Mundial da UNESCO. A localização isolada fez com que, ao longo do tempo, mantivessem as suas tradições culturais quase intactas e sem a influência colonial. A cultura Bijagó tende a ser matriarcal. Ali, as mulheres lideram a casa, a economia e as leis. São também elas quem iniciam as relações e escolhem os futuros maridos. As funções religiosas são desempenhadas por sacerdotisas, conhecidas como baloberas.

4 – Viveiro animal único no mundo

O arquipélago de Bolama é reconhecida pela Unesco como Reserva da Biosfera, desde 1995, por conter uma biodiversidade única no mundo. Além de abrigar uma grande diversidade de mamíferos, aves, répteis e peixes, a área é reconhecida como o lugar mais importante para a reprodução da tartaruga-verde.

5 – Top de exportações

A Guiné-Bissau é o sexto exportador mundial de castanha de caju e exporta ainda peixe, mariscos, amendoim, semente de palma e madeira. As licenças de pesca são uma importante fonte de receitas. 

6 – Português é oficial mas a maioria fala crioulo

É um dos países de língua oficial Portuguesa onde menos se fala português. Apenas 11 por cento da população utiliza a língua portuguesa, 44% fala crioulo e a restante utiliza os diferentes dialectos regionais.

7 – Nação multicultural

A Guiné abriga cerca de 20 etnias, sendo as principais: Balanta 27%, Fula 22%, Mandinga 12%, Mandjaco 11%, Papel 10%. A música popular tradicional na região é o gumbé e o carnaval na região é muito próprio, tendo-se tornado nos últimos anos uma das maiores manifestações culturais do país.

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