África Negra, conjunto histórico santomense, é um dos cabeças de cartaz do festival Iminente, a acontecer de 22 a 25 de setembro, na Matinha, em Lisboa.

O festival que conjuga arte visuais e música vai assim contar com a apresentação do grupo surgido nos anos 1970, e cuja música conjuga influências da África Central, do Brasil e Cuba, num estilo que os admiradores batizaram de “mama djuma”. A banda é constituída por Emídio Vaz, guitarra solo, Leonildo Barros, guitarra ritmo, e João Seria, vocalista. A banda acabou por se separar e 20 anos depois voltou com mais força e com mais gente: seis pessoas (voz, duas guitarras, bateria, baixo e percussão), sendo que dois dos membros fazem parte da formação original, o vocalista João Seria e o guitarrista Leonildo Barros.

Recentemente o grupo lançou uma antologia dos África Negra com temas antigos descatalogados em vinil duplo, CD e digital pela editora suiça Bongo Joe. E irão apresentar estes temas e outros durante o verão, com uma agenda cheia de concertos por Portugal fora, e podem ser vistos e ouvidos já nesta sexta-feira, 8, no clube noturno Bleza, em Lisboa.

O rapper português Sam The Kid também consta no alinhamento deste ano, numa apresentação com os Orelha Negra e uma orquestra.

O público vai ainda poder assistir a uma atuação a solo do produtor francês DJ Khéops, “um dos nomes mais sonantes da música urbana francesa”, e um concerto do grupo IAM, do qual foi um dos fundadores, em finais dos anos 1980.

Da programação deste ano, o Iminente anunciou também a presença da artista Vanessa Barragão, que apresentará uma intervenção visual têxtil inédita para o recinto do festival.

O Iminente, que conta com Alexandre Farto (Vhils) entre os fundadores, realizou-se pela primeira vez em Oeiras, em 2016, cidade à qual regressou no ano seguinte. Nos anos seguintes, o Iminente aconteceu no Panorâmico de Monsanto e na Matinha, ambos em Lisboa.