“Africa Rising”, o livro que traz à luz do dia o trabalho de novos designers e artistas africanos

"Africa Rising"

Que a arte africana é rica não é novidade para ninguém. Dentro e fora do continente, a cena artística contemporânea está em ponto de ebulição e a sua presença já não é indiferente, quer nas várias categorias artísticas, como no entretenimento e lifestyle. Africa Rising é exactamente o livro que nos identifica esse ponto de ebulição, dando-nos a conhecer uma nova vaga de jovens arquitectos, designers, fotógrafos e estilistas que têm impresso os seus nomes em projectos sociais e económicos, ao lado de artistas já reconhecidos no meio.

A urbanização rápida, consequência de uma crescente classe média e de uma juventude que contabiliza mais de 200 milhões, dos 15 aos 24 anos, empurra “designers em todo o continente a focarem-se nos problemas reais e importantes”, explica Katie de Klee, editora da plataforma Design Indaba – a maior conferência dedicada ao design no continente, que acontece há 22 anos e que dá enfoque a mais de dez mil criadores, que contribuem com mais de 155 milhões de euros no PIB sul-africano – ao Le Point Afrique. “Há tantas lições que o consumidores do ocidente, que crescem dentro da cultura do desperdício, poderiam aprender sobre o upcycling [processo de transformar resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais, ao contrário da reciclagem que destrói para transformar] ou sobre a reciclagem em África” disse Klee.

"Africa Rising"
“Africa Rising”

Africa Rising foi co-editado pela Design Indaba e mostra-nos retratos onde o conhecimento tradicional se funde nas criações contemporâneas. “Ao contrário do resto do mundo, os institutos de formação de design não são de fácil aceso em África. A maioria dos designers são autodidactas”, indica Katie de Klee.

"Africa Rising"
“Africa Rising”

Neste livro, podemos conhecer os móveis de madeira indígena de Peter Mabeo, do Botswana, as técnicas artesanais do sul-africano Porky Hefer, as obras do arquitecto ganês David Adjaye, criador do Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, e de Kunlé Adeyemi, promessa da arquitectura nigeriana que construiu uma escola flutuante em Lagos, entre outros.

A angolana Maria Borges, uma das modelos africanas mais proeminentes dos últimos anos, é destaque numa das imagens sobre a moda no continente.

 

 

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