Uma enorme fenda apareceu de repente no Quénia, levando a novas discussões sobre a separação de África em duas massas de terra. As chuvas fortes que se fazem sentir em Narok exacerbam o abismo.
O súbito aparecimento da fissura aconteceu numa zona regional frágil e amplamente associada ao contínuo rompimento do continente africano, num processo que levará milhões de anos, à medida que a crosta começar a afinar e afundar e um pequeno canal marítimo começar a invadir a zona da fenda.
A divisão de um continente em dois é bastante comum, por exemplo, foi assim que “nasceu” o Oceano Atlântico. Repara como África e América do Sul se encaixariam perfeitamente. Isto porque, os dois continentes eram uma única massa de terra, que acabou se dividir. Embora os cientistas já saibam há algum tempo sobre esta fissura no Quénia, a causa tem sido difícil de definir.
Segundo o The Quartz, alguns cientistas apontam os tremores sísmicos como a causa da divisão do continente. Contudo, alguns cientistas consideram que ao invés de ser causada pela atividade sísmica, esta falha forma-se através de “tubulações”, uma atividade geológica que ocorre quando as chuvas fortes fazem com que as camadas mais macias do subsolo fiquem sob pressão.
Independentemente das causas, as chuvas fortes evidenciaram uma questão que nada tem de novo. A fenda aconteceu precisamente na East African Rift System (EARS), o lugar onde as placas tectónicas se estão separar e que se estende por cerca de 3 mil quilómetros, desde a zona norte do Golfo de Áden até ao sul de Moçambique. O EARS é a fissura em desenvolvimento que vai separar o continente africano nas próximas dezenas de milhares de anos.
Equipa BANTUMEN
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