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Alterações climáticas: Relatório da ONU confirma o que todos sabem e que a maioria ignora

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Foto ©Engin Akyurt/Unsplash

As alterações climáticas são um facto há muito comprovado que, até agora, servem de base para promessas da classe política mundial parcas em seriedade e ações efetivas, sobretudo por ser uma problemática que ainda só atinge diretamente, na sua maioria, as populações já fragilizadas e países em vias de desenvolvimento.

Os recursos hídricos estão a minguar à medida que aumentam os fenómenos resultantes das alterações climáticas e que o planeta sofre com o aquecimento global. A ONU, com base no relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, indica que, pelo menos, nas próximos duas décadas, o planeta vai registar um aumento de temperatura de 1.5ºC.

Esse aumento vai desencadear mudanças drásticas no ciclo da água do planeta, com regiões húmidas a ficarem muito mais húmidas e regiões que já eram áridas vulneráveis a secas maiores.

Países localizados na zona sub-saariana – como acontece com todos os PALOP – caminham do nível baixo para o médio na escala de stress hídrico em 2040. A registar que o relatório aponta que Moçambique vai continuar no nível de menos risco, ficando acima dos 10% na taxa de recursos perdidos, e Angola a perder entre 10 a 19%, saindo assim do nível baixo para o médio.

Segundo a Organização das Nações Unidas, “quando um território retira 25 por cento ou mais dos seus recursos renováveis de água doce, quer dizer que está em falta de água”.

No caso de Angola, mais especificamente, o gráfico projeta que até 2040, o país poderá perder de 10 a 19 por cento dos recursos hídricos.

Nos anos de 2018, apenas 18,4 por cento do total dos recursos renováveis estavam a ser extraídos, mas em certas regiões já há um imoderado nível de problemas sérios de água.

O World Resources Institute projeta para 2040 um problema que se pode tornar generalizado. Os relatórios da Economist Intelligence Unit afirmam que a urbanização acelerada, o crescimento populacional, mudanças climáticas e o desenvolvimento económico, têm pressionado os sistemas de água o que pode gerar a procura e retirada da água doce em zonas específicas.

De acordo com a perspetiva, 44 países irão enfrentar níveis de stress hídrico “altos” ou “extremamente altos” e, “ao mesmo tempo, o aumento do nível do mar coloca um número crescente de geografias, especialmente o Leste e o Sudeste Asiático, com maior risco de inundações, que podem sobrecarregar os sistemas de saneamento e poluir as fontes de água potável”.

“As cidades atualmente abrigam mais da metade da população mundial, uma proporção que é projetada para alcance de 68% em 2050. Isso torna o stress relacionado à água uma preocupação política central para os líderes municipais e governos. Muitas cidades irão, nas tendências atuais, enfrentar a intensificação da escassez de água doce nos próximos anos, especialmente em todo o Oriente Médio e Central Ásia”, escreveu o The Economist Intelligence Unit no relatório Reimagining urban water systems – The city water optimization framework.

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