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Andamos a comer plástico sem saber

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“Os plásticos são o lobo mau do século XXI”, avisa Ali Karami, investigador na Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade Putra, na Malásia, que analisou amostras recolhidas em oito países. O estudo investigou 17 marcas de sal vendidas em oito países, incluíndo Portugal, onde se constatou que a maioria continha doses, embora que baixas, de partículas minúsculas de plástico.

A notícia foi avançada pelo jornal Público e revela que “os microplásticos podem libertar poluentes no nosso organismo que, a longo prazo, podem provocar problemas de saúde. Por isso, dizemos que são microbombas”, indica o investigador. No entanto, o especialista esclarece que, para já, o perigo não será muito elevado tendo em conta o reduzido tamanho destas partículas.

Cerca de cinco a 13 milhões de toneladas de plásticos são despejados todos os anos nos oceanos, que acabam desfeitos pela água e luz solar. Em consequência, as partículas acabam por ser consumidas pelas espécies marinhas. Na lista de plásticos, há ainda a considerar as microesferas plásticas, que estão em muitos produtos de higiene e cosmética (pasta de dentes, champô, gel de banho ou detergentes) e que, depois do esgoto, também acabam nos oceanos.

Assim, conclui, “apenas o consumo contínuo e a longo prazo de produtos com microplásticos será motivo para preocupação”. Infelizmente, presume-se, que seja precisamente isso que esteja a acontecer. “Estamos a consumir microplásticos em vários produtos, incluindo marisco, mel e até cerveja. Assim, o sal não é o único culpado”, avisa Ali Karami em declarações ao Público.

O estudo fez uma análise a amostras recolhidas em oito países (Portugal, Austrália, França, Irão, Japão, Malásia, Nova Zelândia e África do Sul). Além de microplásticos, foram encontradas outras coisas: 72 partículas extraídas de todas as amostras, 41,6% eram polímeros plásticos, 23,6% eram pigmentos (associados muitas vezes a aditivos colocados nos plásticos), 5,5% eram carbono livre e 29,1% ficaram por identificar.

Uma das três marcas portuguesas analisadas destaca-se pelos piores motivos, alcançando o máximo registado de dez partículas de microplásticos (nylon, polipropileno, polietileno, entre outros) por quilo de sal. As outras duas marcas não continham qualquer partícula de polímeros plásticos mas, em compensação, tinham partículas de diversos pigmentos.

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