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A Independência e as crianças de Angola em “Raiz” de Blackson Afonso

O pontilhismo e as cores de Blackson Afonso vão estar expostos na Casa de Angola, em Lisboa, de 9 a 22 de Novembro. Raiz é o nome da exposição que nos vai apresentar o futuro de Angola representado em pinturas de crianças, em quadros de grandes dimensões.

Blackson – é bakongo – grupo étnico banto – , do Uíge – norte de Angola, vive em Portugal desde os oito anos, e tem alma de artista desde que se conhece por gente. “Sempre fui muito dado ao desenho, pintura e banda desenhada. No secundário fiz Artes, depois segui arquitectura e acabei por fazer uma viagem a Budapeste e lá entrei mais em contacto com a minha vertente artística. Estudei pintura lá.”

De volta a Lisboa, a inspiração respira-se por todo o lado. “A vida social em Lisboa traz-nos uma espécie de vida boémia. Lisboa é toda ela arte, para mim. E isso, ligado ao que eu sempre fui, um artista, fez com que me desligasse um bocado da arquitectura e apostasse na pintura e artes plásticas. Já tinha muita coisa comigo mas nunca mostrei a ninguém. Sempre fui muito reservado nessas coisas. E entretanto com algum encorajamento das pessoas à minha volta, esposa e família, comecei a mostrar algumas coisas nas redes sociais. Tive uma aceitação muito boa por parte do público e foi a partir daí que comecei a ter convites para exposições.”

“Tenho fé no que faço e o amor e dedicação pela pintura”

Actualmente, alguns dos seus trabalhos podem ser vistos no LX Factory, na loja da preta, um espaço que vende essencialmente tecidos africanos.

O convite para expor na Casa de Angola surgiu através de um amigo que falou do seu trabalho à direcção da instituição. “Estou nervoso porque é a minha primeira exposição a solo, mas estou confiante. Tenho fé no que faço e o amor e dedicação pela pintura, pelo que acho que vai correr tudo bem”, explicou-nos Blackson Afonso em entrevista.

Mas o nervosismo da primeira exposição com o seu nome não o afasta do seu objectivo. Blackson quer levar o seu trabalho ao país que o viu nascer: “Quero que saibam quem sou e o que faço e que se identifiquem com o que faço. E sei que ainda tenho algum trabalho pela frente mas com alguma dedicação vou chegar lá.”

Sobre Raiz, a exposição dá-nos a visão do artista sobre a Independência de Angola e sobre o futuro do país, representado nas crianças que serviram de inspiração para este projecto. “Quis contar uma espécie de história, onde temos o passado, presente e o futuro. São obras de grandes dimensões, com muita cor.”

 

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