Angola acaba de dar mais um passo nos ecossistemas de startups tecnológicas a nível global. O país classificou-se no ranking global da StartUpBlink na segunda posição a nível da África Central e a nível global, posicionou-se em 115.º lugar, num universo de 118 países.
De acordo com o jornal Mercado, José Bucassa, diretor executivo do Angola Innovation Summit disse que é necessário impulsionar e dinamizar o ecossistema de startups no país, para que se possa ascender de posições nos próximos anos.
Para exemplificar, Bucassa referiu-se a Cabo Verde, que quando entrou pela primeira vez na lista global de 2020, ocupou a 100ª posição, sendo o único PALOP posicionado nesta tranche, ocupando atualmente o 87.º lugar.
O diretor indicou também que o relatório tem semelhanças ao Ease of Doing Business, que oferece um benchmark que possibilita aos países orientarem políticas para o desenvolvimento do ambiente de inovação e de starups, fundamental para o desenvolvimento económico e sofisticações dos mercados.
“Para o caso de Angola, é precisamente disto que estamos a falar: a visibilidade do ecossistema, dando projeção às startups, atrair investidores, criar bases para estabelecer pontes, e oferecer insights aos policy makers e outros stakeholders relevantes (internos e externos)”, disse José.
O ranking global da StartUpBlink trata-se de um relatório anual que é lido por centenas de milhares de decisores. O projeto tem o intuito fundamental de fornecer informações gratuitas de qualidade para fundadores de startups para que possam tomar decisões conscientes e inteligentes sobre a realocação e o espaço exato e certo para construir, dar visibilidade e atrair a relevância de uma startup.
“Quando pensamos em startups em África é muito comum falarmos e ouvirmos falar de Startups bem-sucedidas do Quénia e da Nigéria. Já nos perguntamos por que razão não se fala de Angola? A resposta é simples e muito óbvia: neste domínio, somos desconhecidos”, acrescentou José Bucassa.
Numa lista de 100 cidades mapeadas, a cidade de Luanda ocupa a 952ª posição, com uma pontuação total de 0,1091.
O relatório Global de Ecossistemas de Startups é o mais abrangente do mundo, e classifica mais de 70.000 Startups, das quais 1.226 são da Lusofonia. Abrange também mais de 1.900 espaços de coworking, mais de 578 aceleradoras, mais de 200 líderes e mais de 790 organizações, de 1.000 cidades e mais de 100 países.
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Bruno Dinis
Carrego a cultura kimbundu nas minhas veias. Angolanidade está presente a cada palavra proferida por mim. Sou apologista de que a conversa pode mudar o mundo pois a guerra surgiu também de uma. O conhecimento gera libertação e libertação gera paz mental, por tanto, não seja recluso da ignorância.