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Brasil cria ministério da Igualdade Racial e vai ser liderado por Anielle Franco

Lula da Silva e Anielle Franco | ©Marcelo Camargo/Agência Brasil
Lula da Silva e Anielle Franco | ©Marcelo Camargo/Agência Brasil

No dia 1 de janeiro de 2023, Luiz Inácio Lula da Silva é empossado 39.º presidente do Brasil e com ele há 37 ministros que assumem as suas respetivas pastas. Anielle Franco acaba de ser anunciada como a ministra encarregada da nova pasta da Desigualdade Racial.

O anúncio surgiu na manhã desta quinta-feira (22), pelo próprio presidente. Anielle, ativista e atualmente diretora do Instituto Marielle Franco, é irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada juntamente com o motorista Anderson Gomes, em 2018.

A agora ministra, apoiada pelo movimento negro brasileiro, acaba por atender à demanda da ala mais à esquerda do país, por um executivo mais diverso.

Para Frei Davi, fundador da Educafro, que representa quase cem entidades do movimento negro, a nomeação de Anielle traz esperança. “A Educafro tinha a preocupação de se o Lula colocaria [na pasta] uma pessoa viciada na estrutura do partido e que há mais de 20 anos não tivesse feito grandes mudanças para o povo. A Anielle nos enche de esperança, é corajosa e não vai lamber botas”, disse, citado pelo Folha de São Paulo.

Formada em Jornalismo, pela Universidade da Carolina do Norte (EUA), Anielle é também formada em inglês e literatura pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e concluiu o mestrado em relações étnico-raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ).

No primeiro anúncio que dava conta dos nomes indicados para o novo executivo, Lula foi duramente criticado por nomear apenas homens, brancos e aliados.

Na ocasião, no início de dezembro, foram escolhidos o governador da Bahia, Rui Costa (PT), para a Casa Civil; o diplomata Mauro Vieira para o Itamaraty; o ex-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro para a Defesa; o ex-ministro Fernando Haddad (PT) para a Fazenda; e o senador eleito Flávio Dino (PSB) para o Ministério de Justiça e Segurança Pública, único não petista da lista, mas amigo de longa data do presidente eleito.

O futuro presidente também anunciou o nome da especialista em violência de género, Cida Gonçalves, para comandar o Ministério da Mulher.

O próximo executivo vai assim ampliar o número de ministérios, retomando as 37 pastas que formaram a Esplanada no segundo mandato de Lula e no primeiro de Dilma Rousseff (PT).

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