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Anna Joyce, “the mother”, esgotou o Coliseu de Lisboa

Anna Joyce
Concerto da Anna Joyce no Coliseu de Lisboa | 📸: W. Gomes / BANTUMEN

Batiam 21 horas e 30 minutos no relógio e o concerto de Anna Joyce no Coliseu dos Recreios, ainda não tinha começado como esperado. O ligeiro atraso ficou esquecido assim que subiu em palco o comediante Gilmário Vemba. O seu bom humor e talento para a música – ao reinterpretar as músicas de Anna Joyce do seu próprio jeito – acabaram por aquecer o público para o que ainda estava por vir.

As gargalhadas deram lugar à euforia assim que anunciou-se o nome da grande anfitriã da noite. Neste que foi o seu primeiro concerto fora de África, Anna Joyce foi recebida com uma gritaria estridente da plateia. Começava assim um show onde poucos foram os que conseguiram segurar as lágrimas.

Anna Joyce / Fotografia: BANTUMEN

A banda começou a tocar e o grupo de dançarinos entrou em placo. Em seguida Anna Joyce aparece, toda vestida de negro como se fizesse parte do elenco do Matrix ou da banda de Janet Jackson, nos anos ‘90. “Anna” foi, naturalmente, a estreia da noite.

Seguiu-se “Mandem Mais Boca” com a voz do público a acompanhar letra a letra. Três guitarristas entraram a meio do palco para acompanhar a artista na faixa “Pintada de Ouro”, e, uma vez mais, o público assumiu a letra da música na perfeição.

Acompanhada de coreografias e uma alternância entre a sua voz e o público, fomos ouvindo “Já Não Combina”; “Isso é de Leve”; “Final”, “Se Olhasse” e “Leva-me”. Depois, foi o momento de receber o primeiro convidado musical da noite, o cantor Rui Orlando. O artista recordou os sucessos “Te Amo Tanto” e “Me Leva Contigo”.

Rui Orlando / Fotografia: BANTUMEN

Quando escrevemos acima que o guarda roupa da artista parecia tirada de um filme tipicamente à Hollywood, não é mentira nem exagero. O figurino da artista foi cuidadosamente escolhido. Agora víamos a silhueta da cantora de vermelho, com um vestido de látex, botas e casaco da mesma cor, uma vez mais num mood anos ’90. “Louca/ Não vou Maya” e “Melhor que tu” foram as músicas que se seguiram, mas foi em “Eu Amo” e “Te Amar” que atingimos o ponto alto do concerto. Tanto do lado da cantora quanto do público. Para quem acompanha a carreira da artista, sabe que estas músicas são o top três da sua discografia. Anna entregou-se de corpo e alma à interpretação, alcançou agudos que muitos com certeza achavam que só seria possível em estúdio e o público chorava e balbuciava a letra, entre a emoção.

Entretanto começa a tocar “Diz-me” e Pérola entra em palco. Ambas entram numa bolha imaginária onde só há lugar para o orgulho, ou pelo menos é isso que deixam transparecer na cumplicidade das suas trocas de olhar constantes.

Joyce abandona o palco para dar espaço a Pérola, que canta “Fica Parado” e “Sincera”, com o público a vibrar na mesma frequência. Antes de terminar a sua atuação, a artista presenteou o público com uns toques de dança enquanto fazia uma versão da icónica “Canta Comigo (Essa Keta), dos SSP. 

Anna Joyce e Pérola / Fotografia: BANTUMEN

Num formato mais intimista e acústico,  sentada numa cadeira alta no meio do palco, Anna Joyce deu início à terceira parte do concerto. Aqui, quem ainda não tinha chorado, provavelmente não conseguiu resistir ao ouvir a interpretação de “Meu”. Depois, ouviu-se “Curtição”, e “Destino”.

Em “Só Sei Ler” já se sentia a vontade do público de se levantar das cadeiras e deixar o corpo seguir a cadência da música, mas foi quando Ary pegou no microfone que as pessoas acabaram por ceder. Foi com “Salé”, que cantou juntamente com Anna Joyce, que o público tirou literalmente os pés do chão. Depois, sozinha em palco, Ary arrebateu tudo e todos com “Você Me Escangalha”, aquele que foi um dos seus temas de maior sucesso. Com o tema “Agora Que Te Encontrei” os ânimos acalmaram um pouco anunciava-se a quarta parte do espetáculo.

Anna Joyce, além de cantora, compõe e toca guitarra e foi assim que e subir ao palco. Sentada, com a guitarra na mão, tocava como se os acordes fossem extensão dos seus braços e cantou  “Já Não Cabe”. A música “Também Quero” e “Puro” vieram logo a seguir.

Anna Joyce / Fotografia: BANTUMEN

Como diz a gíria popular, só sabe quem lá esteve e a verdade é que este concerto foi como uma série de quatro temporadas. Em cada uma, acompanhámos o desenrolar de uma história nova, mas igualmente interessante e cativante e a season finale não poderia ter acabado de outra forma, em festa. Joyce terminou com o grande hit “Eu Esperei” – que já conta com mais de três milhões de visualizações no YouTube – e, aí sim, o público entrou em êxtase.

Terminámos o concerto com a certeza de que Anna chegou à Europa no momento certo e que o testemunho que lhe está a ser passado, pelos seus predecessores que conquistaram Portugal de norte a sul, é-lhe devido. A ver agora por onde a poderemos ver

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