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Ou assim devia ser.
As marcas, as instituições ou até por vezes os programas que se desenvolvem em determinados países tomam como premissa a língua oficial, ignorando todas as componentes que formam UMA língua – a cultura, as gírias, os ritmos e até a influência dos países vizinhos.
Um problema que surge quando estes agentes, tenham eles a forma que tiverem, se desenvolvem sem pensar a língua enquanto um todo, representando esse o evidente fracasso da comunicação. Falemos em projectos: cada projecto tem o seu DNA, o seu ciclo de vida e os seus milestones, a curto ou a longo prazo e, muitas vezes, esses itens ganham prioridade face à linguagem do espaço onde se vai inserir.
Se eu é que estou a desenvolver, como é que não sou eu que adapto a minha linguagem? O DNA, o ciclo e os milestones continuam a ser meus e cruciais para o objectivo da minha iniciativa mas, se eu não falar a língua dos que me ouvem, de que me serve?
E são eles que vão definir a forma como é que eu vou comunicar com eles, e não eu. O conteúdo é meu, já que cada projecto sabe a mensagem que quer passar. Agora, será que sabe a melhor forma de o fazer?
É importante não só que se compreenda a língua dos nossos ouvintes mas principalmente que se domine a sua história. Tomemos como exemplo, Moçambique. Já se aperceberam que no sul do país o ‘changana’ tem muitas semelhanças com o ‘zulu’ da vizinha África do Sul e até com o inglês. Quantas pessoas na província de Maputo tomam esta língua como a sua língua materna?
Quem decide a forma como eu falo é o meu ouvinte e não eu, ou então o mais provável é que eu fique a falar sozinha.
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