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“Angola tem potencial para ser uma locomotiva do desenvolvimento da África Austral”, defende EY

25 de Junho de 2024
“Angola tem potencial para ser uma locomotiva do desenvolvimento da África Austral”, defende EY

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“Angola tem potencial para ser uma locomotiva do desenvolvimento da África Austral no futuro. A economia angolana tem o potencial para gerar um efeito multiplicador em países vizinhos através do aumento do investimento e do comércio”, defendeu ontem o Country Managing Partner da EY Portugal, Angola e Moçambique, Miguel Farinha, durante a segunda edição do Doing Business Angola (DBA), realizada em Lisboa, Portugal. 


Salientando que o País apresenta valências para ser “protagonista de um impulso económico e social na África Austral”, Miguel Farinha destacou que Angola é hoje um dos países mais importantes da SADC, já que além de ter o segundo maior PIB e de ter sido o país que registou o maior crescimento do PIB entre 2000 e 2022 (+ 12%), é o segundo maior exportador, o quarto mais populoso e o terceiro país que mais cresceu em termos de emprego (mais 3,3% entre 2000 e 2021).


Ainda assim, assinalou a necessidade de diversificar a economia. “Ainda é muito baseada no petróleo. A agricultura, por exemplo, representa hoje 8,6% do PIB. É preciso dar um salto até 2050, ano em que se espera que represente 14,1% do PIB. A indústria representa actualmente 6,7%, sendo que até 2050 deveria atingir 19,5%”, afirmou Country Managing Partner da EY Portugal, Angola e Moçambique, alertando ainda que Angola “praticamente não exporta para os países em redor”, sendo necessário “alterar esta realidade”.


‘O papel estratégico de Angola na SADC e a aposta no eixo das infraestruturas’ foi o mote da apresentação de Miguel Farinha, que salientou o “muito que ainda há a fazer na rede ferroviária e na rede viária”. “O plano de infraestruturas que está definido, faz sentido trabalhar no mesmo. Mas o investimento ferroviário, rodoviário, ou na agricultura, é preciso ser feito com os privados.”


“A mobilização de investimento, sobretudo do sector privado, será crítica para a transformação do País. Sem o investimento privado e sem se criarem as condições para que este investimento aconteça, o salto não vai ser dado”, mencionou o Country Managing Partner da EY Portugal, Angola e Moçambique, sem esquecer a necessidade e a importância de “potenciar e desenvolver o capital humano. É preciso formar, treinar e dar emprego. Há talento fabuloso em Angola, e temos de lhe dar as condições.”


EY Angola debateu o financiamento e gestão de risco na economia angolana


No evento, que destacou o potencial económico de Angola e o seu papel como porta de entrada na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, participou ainda João Rueff Tavares, Director da EY Angola, que debateu o financiamento e gestão de risco na economia angolana.


“Se olharmos para os vários sectores, se há sector que levou bastante impacto nos últimos anos, foi o da banca. Quando olhamos para o sector bancário e falamos de riscos, tipicamente falamos de três componentes principais: risco de mercado, pilar de liquidez e risco operacional. Assistimos a uma preocupação crescente da banca em reforçar estas dimensões”, referiu o Director da EY Angola, mencionando que se tem igualmente assistido a um “grande reforço na protecção dos riscos de mercado”, nomeadamente através da “antecipação a potenciais cenários de disrupção”.


Segundo João Rueff Tavares, do ponto de vista de risco operacional, verifica-se uma preocupação dos bancos “em cada vez mais optimizarem os seus processos, para responderem melhor à qualidade dos dados nos seus sistemas, assim como a um reporting cada vez mais acelerado. Assiste-se ainda à introdução de temas como a robótica e a digitalização, a Inteligência Artificial. Tudo isso ajuda a dar maior robustez à banca”.


Sobre o mercado de capitais em Angola, o Director da EY Angola referiu ser “ainda muito jovem”, sendo que “as operações a que temos assistido dão conforto para outras que vão aparecer”. “Todo o programa vai colocar em bolsa mais entidades, do sector bancário e de outros sectores. É um caminho jovem, mas sólido. Há boas perspectivas para quem vem a seguir. O que falta é ser complementado com o que se designa como Educação Financeira. Ou seja, começar a passar a mensagem aos jovens, sobretudo os que são mais digitais, de quais os benefícios e segurança que o sistema dá”, concluiu. 


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