1ª Bienal Bienal de Arte e Cultura da Guiné-Bissau vai celebrar "Identidades em Liberdade"

A Guiné-Bissau celebrou um marco histórico para a sua cultura com o lançamento oficial da Bienal Bienal de Arte e Cultura da Guiné-Bissau (MoAC Biss), um evento que promete impulsionar a cena artística e cultural do país. A cerimónia, realizada no dia 11 de fevereiro, contou com a presença de diversas personalidades do meio cultural, incluindo artistas, escritores, curadores e representantes institucionais.

A Bienal MoAC Biss nasce com o objetivo de fortalecer a produção cultural guineense, criando um espaço de intercâmbio entre artistas locais e internacionais. O evento tem como lema “Mandjuandadi: Identidades em Liberdade”, refletindo sobre a diversidade cultural do país e a importância da liberdade de expressão artística.

O lançamento reuniu figuras importantes do cenário artístico e cultural, como o artista plástico Nú Barreto, o cineasta Welket Bungué, Karyna Gomes e o sociólogo Miguel de Barros, que integram a equipa de curadoria do evento. Além disso, representantes do governo e de organizações culturais também marcaram presença, demonstrando apoio à iniciativa.

Na sua intervenção, Miguel de Barros, um dos coordenadores da Bienal, destacou a importância da arte como ferramenta de transformação social. “A Bienal MoAC Biss apareceu com uma proposta de transformação social enquanto movimento coletivo para afirmação da produção criativa, para profissionalização dos artistas com direito a reforma” , apontou. O sociólogo ressaltou a necessidade de um estatuto para o pessoal artístico. Além disso, enfatizou que a Bienal MoAc Biss existe como um espaço de intercâmbio que projeta a Guiné-Bissau e, por essa razão, deve ser realizada exclusivamente no Centro Cultural de Bissau, reforçando a importância da valorização da cultura local.

A decorrer entre os dias 01 e 31 de maio, a Bienal MoAC Biss irá abranger diferentes expressões artísticas, como artes visuais, artes performativas, literatura, música, dança e políticas culturais. A programação contará com exposições, debates, oficinas, apresentações artísticas e lançamentos de obras.

Encarado como um passo significativo na valorização e internacionalização da cultura guineense, o evento tem como objetivo posicionar a Guiné-Bissau no mapa dos eventos de arte contemporânea na África Ocidental e no continente africano. Parte dessa estratégia passa por impulsionar o diálogo entre criadores e gestores culturais, e promover o desenvolvimento de políticas culturais que beneficiem a classe artística e o público guineense. 

Com a realização da Bienal MoAC Biss, a Guiné-Bissau passa a integrar o calendário de grandes eventos culturais do continente africano. A iniciativa surge como uma oportunidade para artistas locais mostrarem o seu talento ao mesmo tempo que contribui para a promoção de um debate mais amplo sobre a identidade cultural do país.