Comunidade cultural moçambicana convoca manifestação pacífica

Sob a umbrela do Movimento L.U.T.O por Moz, este sábado, na 10 de Novembro, cidade de Maputo, a partir das 8:30, a Comunidade Cultural de Moçambique organiza uma concentração pacífica pela união. 

O Movimento nasce em resposta à violência pós-eleitoral que se tem estado a assistir em todas as províncias do país, desde outubro. Integrando, entre outros, o músico Stewart Sukuma, o rapper Kloro, o artista plástico Naguib, a escritora Sónia Sultuane, o objectivo da iniciativa é criar uma plataforma nacional que una os diferentes atores da sociedade civil em um movimento colectivo pela democracia e pela paz. “Acreditamos que o diálogo franco, inclusivo e transparente entre os diversos setores da sociedade é a chave para superar divisões e construir consensos sólidos”, lemos na carta de apresentação da iniciativa. 

Vivemos tempos desafiadores, apontam os artistas, onde a democracia e a paz, pilares fundamentais para o desenvolvimento humano e social, enfrentam ameaças constantes. "Contudo, acreditamos que a união e a mobilização colectiva podem transformar crises em oportunidades de fortalecimento da nossa nação”, escrevem.

Os artistas acreditam no poder transformador do trabalho conjunto. E recorrem ao passado para recordar. “A nossa história é rica em exemplos de resistência, criatividade e resiliência, e estas qualidades continuam a nos inspirar na busca por um futuro mais justo e harmonioso”, dizem.

Marcado por uma bandeira enlutada, a concentração deste sábado, com diversas intervenções artísticas, será o primeiro passo de um movimento que se quer contínuo para, no simbolismo próprio da arte, devolver as cores deste símbolo nacional.

L.U.T.O. é um movimento da sociedade civil impulsionado pela Comunidade Cultural e criado como objectivo de Unir Moçambique numa única causa. Acreditamos que com acções organizadas e concertadas conseguimos unir todos os actores da sociedade civil e atingir juntos este objectivo. Acreditamos que é através da mudança que conseguimos melhorar a governação do país (política, económica e social) e restabelecer a paz em Moçambique.