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Cristiano Mangovo em residência artística em França

15 de Julho de 2024
Cristiano Mangovo residência artística França

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O artista plástico angolano Cristiano Mangovo está em residência artística no Sul de França, em Nice. A iniciativa culminará numa exposição individual no dia 25 de julho, com curadoria de Eric Sejor. Mangovo está a desenvolver o seu trabalho no La Station Artist-run space, e a exposição decorrerá no Neo Art & Culture Lab Vogel Art de 25 de julho a 4 de agosto.


Durante esta residência, Mangovo está a criar uma coleção de obras que explora o tema da conquista da beleza na antiguidade e na contemporaneidade, abordando questões de depigmentação e maquilhagem. O projeto, intitulado "Mutação", inspira-se no termo "Escuro Not", que suscitou debates e controvérsias na sociedade africana. Este termo refere-se à tendência de clareamento da pele para se sentir mais bonito, enquanto outros recorrem ao bronzeamento com o mesmo objetivo de alcançar satisfação pessoal.


"Mutação" questiona o confronto entre a ideia de afeição, amor e a sujeição ao olhar julgador, resultando na busca pela paz interior e pela satisfação do ego. Mangovo sugere que a propensão para a mutação reside em cada ser vivo, do animal ao vegetal, do inseto ao ser humano, como uma força que pode servir a finalidades particulares se prestarmos a devida atenção.


https://www.instagram.com/p/C7R45VYssrx/


A coleção inclui um conjunto de pinturas e desenhos em acrílico sobre tela, refletindo a abordagem multifacetada de Mangovo, que varia do expressionismo ao surrealismo, passando pela instalação e performance. O artista, nascido em 1982 em Cabinda, Angola, vive e trabalha entre Portugal e Angola, e é reconhecido pelo seu estilo distintivo na pintura contemporânea angolana e mundial.


Cristiano Mangovo representa uma geração de artistas socialmente comprometidos em contribuir para uma África mais consciente e melhor. Inspirado por um país ainda em processo de definição da sua identidade pós-colonial, o seu trabalho oferece um comentário social inovador com elementos psicanalíticos e corpos distorcidos. A proteção do ser humano e da natureza e a melhoria da vida social são temas recorrentes na sua obra.


Ao longo da sua carreira, Mangovo recebeu diversos apoios e prémios. Em 2016, a PRO-HELVETIA, Swiss Arts Council, apoiou uma instalação e performance em Cape Town, África do Sul. Em 2017, foi apoiado pelo Trust Bank e PRO-HELVETIA, Joanesburgo, para uma residência artística na First Floor Gallery em Harare, Zimbabwe. Em 2018, a Fundação Calouste Gulbenkian financiou a sua residência no Centro de Investigação Artística, Hangar, em Lisboa, Portugal. No mesmo ano, recebeu o Prémio Ensa Arte em Angola. Em 2021, foi selecionado para o projeto Black Rock Senegal e foi premiado como melhor artista lusófono em artes visuais em Lisboa.

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