Não é inclusão, é revolução. Festival brasileiro vira o jogo e dá o palco a pessoas com deficiência

28 de Março de 2025
cultura festival pcd são paulo
📸 Mariana Lima

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Oficinas sensoriais, cinema, música e dança conduzidos por quem historicamente é excluído desses palcos: esta é a proposta singular do Festival PCD – Pinta, Canta e Dança [e que é também a sigla para Pessoas com Deficiência], que chega pela primeira vez a São Paulo, no Brasil, com uma programação que não só celebra a diversidade, como a coloca no centro da criação artística. Em curso desde 24 de março, no Museu da Inclusão, o festival encerra esta sexta-feira (28) com mostras e apresentações que cristalizam uma semana de experiências transformadoras.


Esta segunda edição do evento destacou-se pela inovação na forma como promove a acessibilidade cultural e a empregabilidade de pessoas com deficiência. Ao invés de apenas abrir espaço, o festival entregou a direção criativa a quem, frequentemente, não é sequer lembrado. As oficinas — todas lideradas por profissionais PcD — foram pensadas para atender diferentes deficiências, como a auditiva, visual e física, além de incluir o público idoso.



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A programação de encerramento reforça a força coletiva do festival: as produções finais das oficinas ganham o palco numa tarde com apresentações artísticas, exibição de curtas-metragens que discutem diversidade e inclusão, e entrega de certificados aos participantes. Entre os filmes em destaque estão A Diferença Entre Mongóis e Mongoloides (documentário/animação), La Hemi (experimental) e Big Bang (ficção).


Para além da arte, o evento marcou também o lançamento do Banco de Talentos PCD, uma plataforma que conecta profissionais com deficiência a empresas parceiras, promovendo inclusão no mercado de trabalho sem restrições de áreas.


Com patrocínio da MedSênior e apoio do Governo Federal e do Ministério da Cultura, o Festival PCD é uma realização do Movimento Cidade Projetos Criativos e Instituto Movimento Cidade, via Lei de Incentivo à Cultura. A Mostra Audiovisual continua disponível online até 12 de abril, ampliando o alcance de uma iniciativa que não se contenta em incluir, quer reconfigurar o centro.

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