Mostra de dança na Gulbenkian traz talentos de Cabo Verde e Moçambique

18 de Março de 2025
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📸 Pak Ndjamena / DR

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Seis artistas de Cabo Verde e Moçambique vão apresentar, de 28 a 30 de março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, um programa de dança contemporânea. A iniciativa integra a "Mostra de Artistas Residentes" do PROCULTURA, promovendo o trabalho de coreógrafos e bailarinos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e refletindo a fusão entre tradição e inovação na dança.

Cabo Verde estará representado por Nuno Barreto, Djam Neguin e Rosy Timas. Nuno Barreto, coreógrafo e bailarino, tem explorado a relação entre identidade cultural e o tempo na sua obra. A sua peça "KONT(R)A TEMPU" já foi apresentada em diversos espaços e regressa agora a Lisboa. Djam Neguin, por sua vez, é conhecido pela integração do hip-hop com a dança tradicional cabo-verdiana e trará à Gulbenkian "Tx[@]be/t_a | |=* [Txabeta]", um solo que aborda questões existenciais e a condição humana. Já Rosy Timas, com uma abordagem que funde movimentos tradicionais africanos com dança contemporânea, apresentará "Sacralidade", uma obra que reflete sobre o corpo e a espiritualidade.

De Mçambique, participam Pak Ndjamena, Mai-Júli Machado e Francisca Minire. Pak Ndjamena, cuja dança muitas vezes se cruza com a crítica social e política, levará ao palco "dEUs nOS aCudI", uma performance intensa e reflexiva. Mai-Júli Machado, bailarina e coreógrafa, tem trabalhado ativamente na promoção da dança contemporânea no seu país e traz a Lisboa uma nova criação. Francisca Minire, conhecida pela expressividade e versatilidade, participou recentemente em vários festivais internacionais e apresentará um trabalho inédito nesta mostra.

A Mostra de Artistas Residentes do PROCULTURA já passou pelo Mindelo, Cabo Verde, em 2022, e por Luanda, em 2024. Esta será a primeira edição em Lisboa, trazendo ao público europeu um olhar sobre a criação coreográfica nos PALOP. O evento não só proporciona um espaço de visibilidade para os artistas como também promove o intercâmbio cultural, ao mesmo tempo que reforça o papel da dança enquanto forma de expressão e resistência.

O programa arranca no dia 28 de março, às 18h30, e encerra no dia 30, com a última apresentação agendada para as 19h00. O PROCULTURA, financiado pela União Europeia e cofinanciado pelo Camões, I.P., conta ainda com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo como objetivo fomentar a criação de emprego no setor cultural dos PALOP e Timor-Leste.

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