Está a decorrer um crowdfunding para o documentário sobre Bruno Candé

21 de Abril de 2025
documentario bruno cande

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O documentário “Bruno Candé”, atualmente em fase de produção e com campanha de financiamento ativa na plataforma PPL.pt, pretende ser um retrato íntimo da vida e do percurso artístico de Bruno Candé, ator português, assassinado em 202, que marcou quem com ele privou, dentro e fora dos palcos. Mais do que um exercício biográfico, o documentário é uma homenagem ao seu legado enquanto artista, pai, amigo e cidadão.


Realizado por Sérgio Rodrigues, com Ana Laura e Rodrigo Alves na condução das entrevistas e investigação, o projeto propõe uma abordagem sensível e documental sobre quem foi Bruno para além do que os noticiários relataram. Com direção de fotografia de João Gil e Francisco Bernardino, o filme aposta na linguagem visual para reconstruir memórias e manter viva a presença de Bruno nas vidas que tocou.


A produção é assinada pela Serroproductions, com apoio da AfriCandé, associação fundada pela irmã do ator, Olga Araújo, em Chelas, com o objetivo de combater o racismo através da cultura e da educação. A associação serve também como ponto de encontro comunitário e de expressão artística, prolongando a missão de Bruno num trabalho contínuo e coletivo.


A campanha de crowdfunding, lançada recentemente e ativa até ao dia 5 de maio, tem como objetivo garantir os fundos necessários, 5.500 euros, para concluir as etapas de pós-produção e assegurar a distribuição do documentário.Todos os interessados podem apoiar com valores a partir de 1€, sendo possível fazê-lo de forma anónima ou receber pequenas recompensas associadas ao contributo.


Bruno Candé, recorde-se, foi assassinado a 25 de julho de 2020, em Moscavide, Loures, enquanto passeava com a sua cadela, Pepa. Foi baleado com quatro tiros por Evaristo Marinho, um homem de 76 anos, ex-combatente da Guerra Colonial, que já o havia ameaçado com insultos racistas. O homicídio - qualificado pelo Ministério Público como motivado por ódio racial - gerou forte indignação pública e levou a uma onda de manifestações. Em junho de 2021, Evaristo Marinho foi condenado a 22 anos e 9 meses de prisão. O caso evidenciou a persistência do racismo em Portugal e reabriu o debate sobre a urgência de combater de forma eficaz os crimes de ódio racial.

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