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Lisboa vai receber no sábado, dia 3 de maio, a primeira edição do Festival Morabeza LX, um evento criado com o objetivo de celebrar a cultura cabo-verdiana através da música, literatura, cinema e gastronomia. A conferência de imprensa de apresentação do festival decorreu no dia 28 de março, em Lisboa, e contou com a presença de Joana Sousa Monteiro, Diretora do Museu de Lisboa, Filipa Roseta, Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, Augusto Veiga, Ministro da Cultura de Cabo Verde, e Sónia Almada, Diretora dos Serviços SOCIV da AIMA. O evento vai ter lugar no Museu de Lisboa, com entrada livre, e surge como uma oportunidade para fortalecer a ligação histórica e cultural entre Cabo Verde e Portugal.
Nuno Varela, fundador da Kriativu e organizador do evento, e Rainner Brito, produtor cultural e também organizador do Morabeza, destacaram a missão do festival, sublinhando que o Morabeza LX não é apenas um evento cultural, mas uma manifestação da identidade cabo-verdiana e da sua influência. “Queremos que todos sintam a nossa morabeza, esse espírito de hospitalidade e partilha que define o nosso povo. O festival não é apenas para cabo-verdianos, mas para todos os que apreciam ou querem conhecer melhor esta cultura tão rica e diversa”. O projeto, que é resultado de um “concurso de cachupa transformado em algo maior”, parte de uma base local para provar que “é possível e há abertura das entidades”. A equipa que compõe o evento é feita de pessoas ligadas a associações ou entidades locais, que espelham o propósito do projeto.
Para Filipa Roseta, Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, o apoio institucional para a realização do evento é o resultado palpável de algo que começou há mais de 10 anos. O projeto BipZip, lançado em 2011, surgiu como uma iniciativa da Câmara de Lisboa para dar visibilidade e ajudar a nível financeiro projetos comunitários. A ideia é simples: “dar mais estrutura às pessoas que estão nos bairros para trabalharem melhor e para conseguirem fazer cada vez mais”. À parte do papel da autarquia, Filipa Roseta salienta também a importância da comunidade emigrante na composição do tecido da cidade. “A chave do futuro de Portugal são os europeus de ascendência africana porque conseguem ter uma disciplina, uma ambição e rigor, associadas a uma universalidade magnífica onde somos todos irmãos e irmãs e onde podemos realmente ser muito mais e muito maiores”, afirmou, acrescentando que iniciativas como esta contribuem para um diálogo intercultural mais amplo e enriquecedor.
A programação do festival será diversa e contará com concertos de artistas cabo-verdianos da morna ao kotxi pó, onde Tito Paris surge como cabeça de cartaz. Além da música, o evento dará destaque à gastronomia, um dos pilares fundamentais da cultura cabo-verdiana. Outro elemento de destaque do evento serão os workshops e a promoção de empreendedores locais, proporcionando ao público uma experiência que espelha o mosaico que compõe a cultura.
Para a comunidade cabo-verdiana residente fora de Lisboa, o festival representa mais do que um evento: é um espaço de encontro, celebração e valorização das tradições. Augusto Veiga, Ministro da Cultura de Cabo-Verde, sublinhou o impacto do Morabeza LX para a diáspora: “Para nós, que vivemos fora de Cabo Verde, momentos como este são essenciais. São espaços onde nos encontramos, celebramos as nossas raízes e mostramos ao mundo o melhor da nossa cultura. Lisboa tem sido uma segunda casa para muitos cabo-verdianos, e este festival é também uma forma de retribuir o carinho e acolhimento que recebemos aqui.”
A conferência terminou com um apelo à participação do público, reforçando a importância do festival como um espaço de inclusão e partilha que vai além da comunidade cabo-verdiana. “Queremos que este evento seja um ponto de encontro, um momento para celebrar a nossa cultura e abrir as portas para todos os que querem conhecê-la. O Morabeza LX é um festival para todos. Esperamos que esta seja apenas a primeira edição de um evento que se torne uma tradição em Lisboa.”
O Festival Morabeza LX é uma produção da Kriativu e conta com o apoio institutocional da Câmara Municipal de Lisboa, do Museu de Lisboa e do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde. O evento é ainda apoiado pela Gebalis, pela Agência para a Integração Migrações e Asilo, e da CUFA Portugal. A BANTUMEN é media partner da iniciativa à qual se juntam também a RTP 3 e a Mensagem de Lisboa.
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