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Filomena Macedo, o retrato da multiculturalidade construída pela Natixis

8 de Março de 2024
Filomena Macedo, o retrato da multiculturalidade construída pela Natixis

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Repetimos constantemente que não devemos julgar ninguém pelas aparências. Independentemente do contexto, lemos e escrevemos que é importante criar conteúdos plurais e conversas sem pré-conceitos. A realidade é que bastam trinta segundos para compreender Filomena Macedo. Descontraída, tem tanto de interessante como interessada e é com leveza que nos conta como é que a multiculturalidade é tão diferenciadora, como necessária, não somente na Natixis, onde trabalha, como em qualquer ambiente profissional.

Macedo cresceu num berço global. Nascida em Timor, aprendeu a olhar para o mundo a partir de um ventre que já tinha uma génese multicultural: ‘O meu pai nasceu no Congo, a minha mãe nasceu em Timor, também descendente de macaense e pai português’, conta-nos em entrevista. De acordo com Filomena, essas raízes ditaram o seu futuro. Tal como milhares de pessoas oriundas das antigas colónias, Filomena Macedo e a sua família chegaram ao subúrdio lisboeta no pós- 25 de Abril, em Cascais.

Tantas geografias quanto tantas culturas misturadas e a adolescência de Filomena torna-se em mais um capítulo desta história multicultural. ‘Isso (a adolescência) marcou o meu futuro. Foi muito inconsciente porque já estava gravado na minha formação. (A interacção) era diária, por isso não seria de estranhar que procurasse um ambiente profissional desta natureza, com multiculturalidade’, afirma.

Tornou-se, assim, bastante evidente para Filomena que trabalhar na Natixis seria a resposta para as necessidades profissionais.

“Eu sentia falta de uma pele escura. Faltava-me essa diferença, não só visualmente, mas também no processo da própria empresa. Nos sistemas de recrutamento, também. Procurei multinacionais e foi aí que encontrei a Natixis e aqui a possibilidade de trabalhar com pessoas de Itália ou de Espanha. Num contexto profissional, cada um de nós partilha os diferentes métodos de trabalho. Por exemplo, com os alemães aprendi a ser muito pragmática, metódica, organizada”, afirma Filomena.

Acho que a maior lição que tiro disso, é que somos definidos pela diferença, porque como seres humanos somos todos diferentes. No entanto, nessa diferença, na singularidade de cada uma destas diferenças, encontraremos a nossa humanidade comum. É no ser diferente que temos que encontrar o ponto que temos em comum, que é essa humanidade partilhada e comum entre todos, e fazendo apenas um ponto para o contexto actual em que vivemos.

Filomena Macedo, Natixis

Quando questionada sobre o motivo pelo qual esta questão da multiculturalidade é tão relevante para si, a resposta não tarda: “Esta visão global que tenho permite-me compreender que posso trabalhar num ambiente muito colaborativo, ou seja, somos de locais diferentes, temos práticas de trabalho diferentes, isso permite-nos colaborar e aprender uns com os outros de uma forma muito prática. Se estou a trabalhar com colegas de Paris, eles têm uma maneira de ver as coisas de forma diferente da minha e isso vai enriquecer aquele projecto ou aquela tarefa que tenho que realizar”.

Filomena justifica com entusiamo a atmosfera que respira e a anima diariamente na Natixis pela pluralidade de nacionalidades. A empresa conta com mais de 34 nacionalidades diferentes e mais de 2300 colaboradores, sendo que existe espaço para que cada um consiga expressar a sua diferença.

Temos actividades internas, como as aldeias, que aqui foram criadas há cerca de dois anos, onde temos possibilidade de ter dois pisos na empresa inteiramente dedicados às cidades, para várias cidades de diferentes países.

Filomena Macedo, Natixis

Deste modo, e com pequenos gestos, a Natixis constrói um ambiente de trabalho multicultural. Isso permite-nos viajar no nosso dia a dia de trabalho e viajar é um apelo à criatividade porque temos tarefas rotineiras e se não consigo explorar e usar a minha criatividade no meu dia a dia isso fica um pouco confuso. E o facto de estar fisicamente num espaço que me permite viajar para outra geografia e em segundo lugar, é um estímulo à minha criatividade. Além disso, permite-me que, quando venho às aldeias com a minha equipa, estejamos aqui num ambiente diferente, fisicamente, que nos condicionará imediatamente, seja nesta aldeia, na aldeia do México, na aldeia de Xangai, porque cada aldeia está subordinado a uma cidade e isso nos permite desenvolver um determinado tipo de trabalho.

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