"Fora do Centro", nova websérie leva os sons emergentes de Lisboa ao centro da capital

Lisboa é uma cidade onde convivem histórias, sonoridades e identidades plurais. A nova websérie Fora do Centro, promovida pela Associação Sons da Lusofonia (ASL), propõe captar essa riqueza ao dar palco a artistas e projetos musicais emergentes da capital. Com parceria da BANTUMEN para a divulgação e curadoria, a série nasce com o propósito de amplificar vozes que, estando geograficamente próximas, continuam distantes dos grandes palcos e circuitos de visibilidade. 

A primeira temporada contará com nove episódios, gravados em vídeo e áudio, onde cada artista interpreta três temas inéditos num ambiente intimista e simbólico. A Casa do Comum, no Bairro Alto, será o palco principal do projeto cuja realização está a cargo de João Pedro Moreira, que já trabalhou com artistas como Branko e Buraka Som Sistema, e captação de som de Marco Silva, conhecido pelo trabalho com artistas como Lina, Albaluna e Carlos Bica.

O episódio inaugural, disponível a partir desta terça-feira, 29, apresenta Fidju Kitxora, uma entidade musical em trânsito entre Lisboa e Cabo Verde, que lançou em 2024 o seu primeiro álbum, Racodja. Com uma sonoridade que cruza funaná, semba, kuduro e afro-house, o projeto evoca as vozes da diáspora numa composição viva, mutável e profundamente identitária.

Nos próximos episódios, serão apresentados outros projetos que espelham a diversidade musical da Lisboa contemporânea. A primeira temporada conta com nomes como Cynthia Perez (cuja participação resulta da curadoria da BANTUMEN) e o trio Sibel, Gulami Yesildal e Tiago Santos. A série propõe-se a explorar as margens geográficas, culturais e sonoras para recentrar aquilo que é essencial na construção de um mosaico sonoro representativo e plural.

Fora do Centro é uma das muitas expressões do trabalho da Associação Sons da Lusofonia, que há mais de duas décadas promove a interculturalidade, a inclusão e o diálogo através da música. Com uma atuação reconhecida na produção de festivais, projetos educativos e programas de valorização da riqueza e diversidade cultural, a ASL tem-se afirmado como uma plataforma dedicada à circulação e valorização de artistas das mais variadas origens, com particular atenção às diásporas africanas e lusófonas. Neste projeto, para além da gravação profissional dos temas, a associação assegura a distribuição digital da música e a promoção contínua dos artistas envolvidos, oferecendo-lhes uma plataforma que valoriza a autenticidade e a singularidade de cada percurso artístico.