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O Hangar - Centro de Investigação Artística, em Lisboa, acolhe no dia 26 de novembro o Ciclo de Filmes: "Corpos Periféricos Corpos em Trânsito", uma mostra única de cinema documental e experimental organizada pelo ator e cineasta Welket Bungué e com a parceria da BANTUMEN.
A mostra acontece no âmbito do MIA - Mês da Identidade Africana, idealizado pela BANTUMEN e que inclui uma produção editorial exclusiva sobre a experiência africana em Portugal e um ciclo de eventos culturais em Lisboa e Porto.
A sessão, que inclui uma conversa moderada pela investigadora Maíra Zenun, ocorrerá entre as 18h e as 21h, abordando temas como contra-colonialismo, ocupação de espaços urbanos e a autorrepresentação de corpos periféricos e dissidentes.
A mostra reúne oito filmes produzidos entre 2014 e 2020 no Rio de Janeiro, Cidade da Praia e Lisboa, e inspira-se no livro "Corpo Periférico" (2022), de autoria de Welket Bungué. O objetivo do ciclo é proporcionar uma reflexão sobre o conceito de “corpo periférico” e a ideia de autorrepresentação, entendida como um método para dissolver preconceitos e fortalecer a presença de vozes marginalizadas. Para Bungué, o corpo periférico não é apenas uma identidade destituída de direitos, mas sim uma entidade consciente da sua realidade político-social, capaz de transitar entre diferentes espaços e enriquecer o debate cultural.
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Os filmes e a discussão propõem uma reflexão sobre a coexistência entre diferentes classes, a experiência migratória e o trânsito entre fronteiras urbanas. De acordo com Bungué, a proposta do ciclo é "redimensionar narrativa e visualmente" os conceitos de corporalidade e liberdade, especialmente no que diz respeito a corpos racializados ou desumanizados que, em muitos contextos, continuam a ser vistos como elementos de conflito.
A exibição surge como um convite à introspeção e ao engajamento cívico, com uma abordagem decolonial que busca ressignificar crenças e incentivar a construção de uma sociedade mais inclusiva e democrática. O evento reflete a visão de Welket Bungué de que o cinema pode ser uma ferramenta poderosa para a reflexão sobre a identidade, a pertença e o papel dos corpos periféricos na sociedade contemporânea.
A sublinhar que, ainda no âmbito do MIA, acontece a 20 de novembro a inauguração da exposição Caleidoscópio, com a curadoria da Afrikanizm Art e Ivanova Araújo, no Parque Tecnológico da Universidade do Porto.
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Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para redacao@bantumen.com.
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