Jimmy Dludlu distinguido como herói da música moçambicana

No dia dos heróis moçambicanos, 3 de fevereiro, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, distinguiu o músico Jimmy Dludlu com a medalha de Artes e Letras na Praça dos Heróis.

Segundo a nota partilhada na página do Ministério da Cultura e Turismo, a atribuição surge em reconhecimento da sua participação ativa e relevante na vida artística e cultural moçambicana, especialmente pela sua produção musical de reconhecido valor nacional e internacional.

Jimmy Dludlu é um do Afro-Jazz. O seu estilo inclui influências que combina elementos tradicionais e modernos do jazz inspirado por sons da África. A sua carreira teve início aos 16 anos, quando decide migrar para Swazilândia com o sonho de ser guitarrista.

O artista estreou-se com o trabalho discográfio “Echoes From the Past”, em 2017, que lhe valeu dois prémios FNB SAMA (South Africa Music Awards) de “Melhor Revelação” e “Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo” em 1998 e os números das vendas em janeiro de 1999 indicaram mais de 250.000 discos vendidos.

Atualmente, a sua carreira conta com mais de dez discos lançados, como é o caso de “Essence of Rhythm”, “Afrocentric”,“Corners of My Soul”, “Portrait”, “Tonota”,“Jimmy Dludlu”, “Live”, “In The Groove” e o último “History in A Frame” de 2021.

O álbum “In The Groove” conquistou através da faixa “Ha Deva”, (temos dívida, tradução literal) o prémio “Melhor Canção”, no concurso musical Ngoma Moçambique 2016, promovido pela Rádio Moçambique.

Outras premiações de destaque, no mesmo ano, foram o de Melhor Álbum do All Africa Music Awards (AFRIMA), realizado em Lagos (Nigéria), deixando para trás o compatriota Moreira Chonguiça, Bokani Dyer (África do Sul), Carmen Souza (Cabo-Verde), Kunle Ayo (Nigéria), Oum (Marrocos) e Ray Lema Quintet (Congo). Onde também foi eleito “Melhor Artista de Jazz de África”.

Em 2022, celebrou 37 anos de carreira, tendo recebido o prémio carreira por parte da South African Music Awards.

Jimmy nasceu em Inharime, na província de Inhambane. Viveu na Swazilândia, Bostwana, África do Sul e Namíbia. Mas, tem o bairro suburbano de Maputo, Chamanculo, como o local que mais tem o inspirado na composição musical.

Juntamente com Jimmy Dludlu, foram também distinguidos os músicos José Barata e Salimo Muhamed, por seus significativos contributos no ensino artístico e cultural, bem como pela divulgação e promoção das artes e letras moçambicanas.