Os artigos mais lidos da semana | 24/52

Na 25ª semana do ano, que é como quem diz de 161 a 22 de junho, o conteúdo mais lido na BANTUMEN foi a entrevista à artista IAMDDB, conduzida por Jamila Pereira. Seguiu-se o artigo de opinião de Kévin Tavares sobre a importância do funaná, e a sua preservação, para a cultura cabo-verdiana; a história de Giovana Có numa indúustria da moda sustentável; o anúncio do mapeamento de Cabo Verde em relação à sua diáspora e a entrevista à cantora brasileira Melly sobre o seu primeiro álbum de estúdio.

A liberdade da independência de IAMDDB

Há alguns anos, para muitos que mergulharam na indústria musical, assinar com uma editora major era o cume das expectativas e, até ao início de 2010, parecia ser o único caminho viável para o sucesso. Naquela época, a incapacidade de usar as redes sociais como ferramenta de promoção ou a falta de envolvimento do público tornava a carreira de um artista independente pouco viável ou sustentável. Contudo, com os recursos e informações disponíveis em plataformas como Reddit, YouTube, Instagram e Spotify, a situação mudou drasticamente. A indústria musical acabou por transformar-se às mãos de artistas determinados que valorizam profundamente o controlo criativo, a autonomia e a propriedade, embarcando numa caminhada única que muitos julgavam impossível.

Hoje, artistas como a rapper, atriz e cantora angolana Diana de Barros, também conhecida como IAMDDB, ou simplesmente Dee pelos mais chegados, são exemplos perfeitos deste fenómeno. Descobre mais sobre o pervurso da artista através desta entrevista conduzida por Jamila Pereira.

Funaná: ritmo de resistência e identidade cabo-verdiana

O Funaná é um género musical que surgiu entre os finais do século XIX e início do século XX no interior da ilha de Santiago, no seio da classe camponesa, que sofreu enorme repressão e descredibilização por parte do regime colonial. Hoje, classificado como património cultural imaterial, Kevin Tavares recorda-nos a história deste género musical popular cabo-verdiano e alguns dos nomes que o fincaram na memória da identidade doa arquipélago.

Giovanna Vieira Có, quando o universo da moda casa-se com a sustentabilidade

A fast fashion, a exploração infantil, as condições precárias, entre outros desafios da produção desmesurada, são algumas das consequências da indústria da moda global, enfrentadas por várias comunidades especialmente do Sul Global.

Esta problemática leva a que muitos se levantem para pressionar a indústria a fazer melhor pelo ambiente, pela sociedade no geral e pelas gerações futuras. Giovanna Vieira Có e Misi Ogunlana uniram-se orientadas por essas linhas diretrizes e criaram o The Fashion Blueprint (TFB), uma agência de consultoria visionária e de produção de moda circular. Vieira Có e Ogunlana estão a liderar o caminho para uma indústria da moda mais consciente e inclusiva.

Cabo Verde começou missão de mapeamento da sua diáspora

Cabo Verde está a investir no mapeamento da sua diáspora espalhada pelo mundo e a primeira missão já começou. São Tomé e Príncipe é o primeiro país a acolher uma missão técnica conjunta entre o Instituto Nacional de Estatística e Ministério das Comunidades de Cabo Verde e o Banco Mundial. A missão a São Tomé e Príncipe reflete a importância reservada às comunidades cabo-verdianas residentes em São Tomé e Príncipe para a compreensão do seu respetivo fenómeno migratório.

O amor amargo de Melly que está a conquistar o Brasil

Com “Azul”, em 2021, o nome de Melly começou a circular no universo brasileiro da música pop e rnb. De lá para cá, foi premiada Artista Revelação Multishow de 2023, já atuou ao lado de nomes como Raquel Reis e @iza , para uma homenagem ao gigante Tim Maia, e a revista Marie Clair escreveu que é uma das cantoras de maior autenticidade da atual música preta brasileira.

Com o álbum de estreia Amarissima acabado de lançar, Adailton Moura falou com a cantora para fazerem um rescaldo sobre estes últimos acontecimentos, o sabor amargo (e, às vezes, agridoce) que o amor provoca, a produção do álbum e as suas inspirações. “Inacreditável como que a vida leva a gente pra lugares inimagináveis”, diz a artista em arranque de conversa.