Mário Pinto de Andrade em cena: cultura, luta e poesia no Museu do Aljube

25 de Abril de 2025
Mário Pinto de Andrade museu do aljube

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Integrado nas celebrações do Mês de África, o Museu do Aljube, em Lisboa, vai acolher um evento especial em homenagem aos 50 anos das independências africanas, com foco na figura de Mário Pinto de Andrade, pensador, poeta, ativista e fundador do MPLA. A programação estende-se por dois dias, a 14 e 15 de maio, e convida o público a revisitar o papel da cultura e da produção intelectual na luta pela libertação colonial.


No dia 14, será exibido o documentário Mário, realizado por Billy Woodberry, cineasta norte-americano nascido em Dallas e um dos fundadores do movimento cinematográfico L.A. Rebellion. O filme parte da vida e legado de Mário Pinto de Andrade para refletir sobre os 50 anos de independência de Angola, abrindo uma ponte entre o passado revolucionário e as discussões políticas e culturais do presente.


No dia seguinte, 15 de maio, realiza-se uma mesa redonda com o tema "Revolução é um ato de Poesia – Independência, Cultura e Identidade Africana". O debate terá um formato intergeracional e propõe-se a refletir criticamente sobre os desafios pós-independência, a relação entre cultura e resistência, e o pensamento humanista de Pinto de Andrade, um dos grandes nomes da intelectualidade africana do século XX.





A conversa será moderada por Leopoldina Fekeyãmale, professora e investigadora angolana, e contará com intervenções de Henda Ducados, filha de Mário Pinto de Andrade, do escritor e jornalista José Eduardo Agualusa, e de Livia Apa, investigadora e tradutora italiana com forte ligação à literatura africana.


Além do debate, haverá um momento artístico de homenagem, com um recital de poesia e cânticos escritos por Mário Pinto de Andrade, interpretados pelo músico angolano Gari Sinedima.


O evento é organizado pelo Africadelic, uma plataforma baseada nos Países Baixos dedicada à promoção da criatividade, diversidade e ativismo cultural africano e afrodescendente, em parceria com o Biso, projeto educativo e cultural angolano que trabalha temas ligados à política, arte, memória e identidade nos PALOP.


Entre os objetivos desta iniciativa, destacam-se a análise crítica dos 50 anos de independência e os seus desafios contemporâneos, o resgate da dimensão política e poética de Mário Pinto de Andrade, e a valorização da cultura como instrumento de resistência e afirmação da identidade africana.


O evento é de entrada livre, e propõe-se a criar um espaço de memória, diálogo e futuro, numa altura em que as questões de soberania, justiça social e herança cultural continuam no centro das discussões sobre o continente africano e as suas diásporas.

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