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Membros da Casa Odara, no Porto, agredidos por motivações xenófobas

25 de Setembro de 2024
Membros da Casa Odara, no Porto, agredidos por motivações xenófobas

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Na tarde de 24 de setembro, por volta das 18h, dois imigrantes brasileiros, Gabriela Carvalho e John Kennedy Silva Pereira, colaboradores da Casa Odara, foram agredidos fisicamente por "dois homens portugueses" na Rua dos Mártires da Liberdade, no Porto, a poucos metros do estabelecimento, indica o espaço cultural. O incidente ocorreu durante a gravação pública de uma performance do artista brasileiro Ítalo Augusto.


Segundo relatos, a confusão começou quando os dois homens portugueses se aproximaram de John, que segurava uma câmara, alegando estarem a ser filmados sem autorização. John esclareceu que o foco das gravações era o artista, mas o confronto escalou rapidamente, resultando em agressões físicas, com socos e pontapés. Gabriela Carvalho, também presente no local, foi igualmente agredida ao tentar intervir. Gabriela conseguiu gravar parte do incidente, incluindo insultos xenófobos e ameaças proferidas pelos agressores.


https://www.instagram.com/p/DAT398RsX9f/


O vídeo do ataque, que circula nas redes sociais, evidencia os momentos de tensão e violência verbal, além de agressões físicas, apontando para motivações xenófobas. A polícia foi chamada ao local, tomou as declarações das vítimas e, segundo informações, Gabriela e John pretendem formalizar uma queixa contra os agressores.


A Casa Odara convocou uma manifestação para esta quarta-feira, 25, às 18h30, nas instalações do espaço, num ato público de repúdio à violênica xenófoba e racista.


A Casa Odara, onde os dois trabalham, é um espaço de cultura e beleza reconhecido pela sua abordagem focada nas comunidades migrantes e racializadas do Porto. Inspirada na canção "Odara" de Caetano Veloso, o espaço, inaugurado em agosto de 2023, é um reduto de diversidade e resistência, abordando pautas como cabelos naturais, arte imigrante, feminismo, antirracismo e decolonialidade. O projeto foi idealizado por um grupo de mulheres imigrantes, liderado por Gabriela Barbosa, uma referência no tratamento de cabelos naturais em Portugal.


As autoridades ainda não divulgaram mais detalhes sobre o caso, mas os agressores já terão sido identificados e o incidente reforça a urgência de uma discussão pública sobre a xenofobia e o racismo no país.

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