A "mandjuandadi" dos Netos de Bandim em Lisboa a 17 de janeiro

14 de Janeiro de 2025
Netos de Bandim tba lisboa
📸 ©Netos de Bandim

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O Teatro do Bairro Alto (TBA), em Lisboa, será palco de um encontro único entre a tradição e a modernidade cultural da Guiné-Bissau. No dia 17 de janeiro, às 19h30, o grupo cultural Netos de Bandim, acompanhado pelo músico guineense Djilam Ture, apresentará um espetáculo de música e dança que vai celebrar a diversidade cultural e a riqueza das tradições do país.


O espetáculo estará centrado no conceito de mandjuandadi, uma tradição guineense que promove rodas comunitárias de partilha de histórias e saberes. Frequentemente lideradas por mulheres, estas rodas são momentos de diálogo, celebração e transmissão de conhecimentos, enriquecidas pelo estilo tina, que combina canto, ritmo e dança numa interação vibrante.


Instrumentos tradicionais como a cabaça e as palmas de madeira, aliados à dança Badju di Tina, conferem autenticidade e dinamismo às performances. O repertório dos Netos de Bandim abrange estilos musicais profundamente enraizados em grupos étnicos como os Fula, Mandjako, Mandinka, Balanta e Pepel, explorando temas como cerimónias de iniciação, festas agrícolas e questões sociopolíticas.


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Em 2025, o centenário de Amílcar Cabral serve de pano de fundo para este espetáculo, reafirmando o compromisso com a união étnica e o pensamento pan-africanista. Os Netos de Bandim utilizam a arte como veículo de inclusão e construção de paz, unindo comunidades através da partilha cultural.


O concerto, com a duração de 60 minutos, será realizado na Sala Principal do TBA. Os bilhetes têm um custo de 12 euros e estão disponíveis na bilheteira do teatro, integrados no Passe Cultura. A apresentação será em pé e destina-se a maiores de 6 anos.


Fundado em 2000 pela Associação dos Amigos da Criança (AMIC), o Grupo Cultural Netos de Bandim nasceu com o objetivo de promover a integração sociocultural de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade no Bairro de Bandim, em Bissau. Desde então, tornou-se uma referência na preservação e divulgação do património cultural guineense, utilizando a música, o teatro e a dança como ferramentas de transformação social.


Com mais de duas décadas de atividade, o grupo tem sido um farol de esperança para crianças órfãs e jovens em extrema pobreza, oferecendo-lhes formação básica e profissional, acesso à saúde e integração social. Para além disso, a associação desempenha um papel crucial na valorização da herança cultural guineense, refletindo as tradições de mais de 40 etnias que compõem o mosaico cultural do país.


A recordar que, recentemente, entrevistámos Cláudio Rumal, coordenador do coletivo Netos de Bandim para a diáspora e um dos fundadores da Casa de Cultura da Guiné-Bissau, em Portugal. Nessa entrevista, Rumal revelou-nos o desenrolar do seu percurso nos meandros das artes e os seus planos futuros na sua jornada de promoção da cultura guineense. 




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