A desvalorização ou rejeição do conhecimento produzido por pessoas negras, com base em preconceitos raciais, está na origem do conceito de Racismo Intelectual. A psicóloga Shenia Karlsson destrinchou o assunto num artigo de opinião publicado esta semana na BANTUMEN, que se destacou como o mais lido pelos nossos leitores.

Seguindo-se no top dos temas mais populares da semana está o anúncio do adiamento do Festival Feira Preta, o maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina; a mostra de dança de seis bailarinos e coreógrafos cabo-verdianos e moçambicanos na Gulbenkian; a destinção de Mamadou Ba pela Universidade Federal do Pará, no Brasil; e por fim, o facto de a Guiné-Bissau estar a formalizar uma candidatrua do seu Carnaval ao título de Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.

Racismo Intelectual, uma estratégia de hierarquização do conhecimento

Este artigo de opinião da psicóloga Shenia Karlson aborda o racismo intelectual, um tipo de discriminação que desvaloriza sistematicamente o conhecimento, a capacidade e a produção intelectual de pessoas negras e de outros grupos racializados. Explica como esses episódios, embora frequentes, são naturalizados ou ignorados socialmente.

Diversidade e Inclusão já não são prioridade. Festival Feira Preta obrigado a adiar 23ª edição

O Festival Feira Preta, maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, anuncia o adiamento da edição de 2025 em São Paulo (Brasil) para 2026, em razão da escassez de patrocínios privados. Uma edição do evento em Salvador, em negociação desde o final do ano passado com marcas e instituições locais, acontecerá em novembro levando para o território baiano investimentos já captados.

Mostra de dança na Gulbenkian traz talentos de Cabo Verde e Moçambique

Seis artistas de Cabo Verde e Moçambique vão apresentar, de 28 a 30 de março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, um programa de dança contemporânea. A iniciativa integra a "Mostra de Artistas Residentes" do PROCULTURA, promovendo o trabalho de coreógrafos e bailarinos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e refletindo a fusão entre tradição e inovação na dança.

Mamadou Ba é distinguido com o título de Notório Saber pela UFPA

Mamadou Baila Ba, ativista político, foi recentemente laureado com o título de Notório Saber pela Universidade Federal do Pará (UFPA). A distinção, aprovada pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe/UFPA), foi proposta pelo Núcleo de Altos Estudos Amazónicos (NAEA) e visa reconhecer a sua luta pelos direitos humanos, com foco na igualdade racial e no combate ao racismo estrutural.

Guiné-Bissau quer que o seu Carnaval seja Património Mundial da Humanidade

A Guiné-Bissau está a formalizar a candidatura do seu Carnaval ao título de Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO. A celebração, que ocorre anualmente em março, é uma verdadeira manifestação da diversidade cultural e da identidade nacional, que une as diferentes etnias do país. O evento mistura influências africanas e coloniais, com danças, músicas e desfiles que celebram a riqueza cultural guineense.