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Campanhas políticas baseadas em mentiras, notícias enganosas com intuitos fraudulentos e boatos falsos não são novidade, mas a evolução tecnológica está a facilitar o trabalho de quem promove as fake news. Os Portugueses estão preocupados com a desinformação, mais do que os seus parceiros europeus.
Portugal é um dos países da Europa que estão mais preocupados com as notícias falsas, sobretudo em temas como a política, a economia, as guerras e a imigração. De acordo com o “Digital News Report Portugal 2024”, produzido pelo Obercom, cerca de setenta por cento dos Portugueses têm dificuldade em distinguir entre notícias verdadeiras e falsas, e a sua confiança no jornalismo, em geral, também está a decrescer.
A propagação das redes sociais e os avanços na inteligência artificial (IA) estão a contribuir para esta desconfiança. E compreende-se facilmente porquê: as ferramentas de deepfake, por exemplo, permitem criar vídeos e áudios falsos de alta qualidade, que é difícil distinguir dos reais. Jornalistas reputados aconselham a compra de produtos duvidosos ou defendem teorias questionáveis, e programas informáticos conhecidos como bots amplificam as fake news, tornando-as virais numa questão de horas.
Algumas das estratégias mais utilizadas são:
Falsificação de sites de empresas: os criminosos usam logótipos e imagens de executivos para criar sites fraudulentos, que promovem produtos que não existem.
Campanhas de medo: lançam-se notícias falsas a alertar para crises de saúde ou financeiras com o intuito de vender soluções também elas falsas.
Ciberataques: ligações maliciosas incluídas nas fake news levam a sites criados para roubar dados pessoais ou financeiros.
Boatos políticos: muitas vezes, as notícias falsas são postas a circular para influenciar resultados eleitorais ou desestabilizar governos. Estes boatos tendem a ser altamente difundidos nas redes sociais.
Muitos destes casos, sobretudo o das notícias relacionadas com produtos comerciais ou investimentos financeiros, são acompanhados de ligações enganosas. Os utilizadores são induzidos a ceder dados pessoais e financeiros em troca de uma oportunidade que não existe, com os prejuízos ascendendo às centenas de euros ou mais.
Como proteger-se das fake news
Embora o cenário pareça turbulento, existem alguns passos simples que pode tomar para evitar ser enganado:
1. Verifique as fontes
Esta é uma regra sagrada para os próprios jornalistas: é preciso verificar a credibilidade de uma fonte antes de se divulgar ou confiar numa notícia. Os jornais de maior tiragem e os sites oficiais são uma aposta mais segura. Procure também várias fontes para validar a informação.
2. Use ferramentas de bloqueio de sites maliciosos
Uma ferramenta de bloqueio de sites maliciosos pode proteger contra as ligações perigosas que muitas vezes acompanham as fake news. Estas ferramentas monitorizam as páginas que visita, bloqueando as que apresentam riscos conhecidos de segurança.
3. Adote uma VPN para garantir uma navegação segura
Uma VPN (rede privada virtual) é uma solução essencial para garantir a sua segurança online. O que é uma VPN? Ao encriptar a sua ligação à internet, uma VPN protege os seus dados e impede que eles sejam intercetados por terceiros mal-intencionados. Isto é particularmente útil quando utiliza uma rede pública de Wi-Fi, onde está mais exposto a ataques cibernéticos. Com uma VPN, também pode aceder a conteúdos de forma anónima, evitando que o seu histórico de navegação seja utilizado para criar campanhas de desinformação personalizadas. A sua privacidade aumenta significativamente, sendo mais limitado o número de fake news recebidas.
4. Desenvolva um olhar crítico
Leia além do título e analise o conteúdo completo. Os títulos mais sensacionalistas são muitas vezes um indicador a não desprezar. Utilize ferramentas como o FactCheck.org ou plataformas locais de verificação de factos.
5. Fique atento a páginas e perfis falsos
Os cibercriminosos criam páginas falsas que se fazem passar por fontes credíveis. Verifique os detalhes do perfil, como o histórico de publicações, para determinar se são autênticos.
Exposição ao estrangeiro
Os Portugueses parecem particularmente recetivos a notícias falsas provenientes do estrangeiro e que – por essa razão – atingiram dimensões significativas. O relatório “EU Desinfo Lab” (2023), mostra que para cada informação falsa originada em Portugal existiram cinco vezes mais com proveniência noutros países.
As fake news, tal como outros esquemas baseados na internet, partem de um princípio de confiança dos leitores. Com propósitos muito diferentes (desde a apropriação de valores financeiros, intuitos políticos até à defesa de uma narrativa), as notícias falsas vieram para ficar. Mas a tecnologia pode ajudar-nos a reduzir a nossa exposição, e uma navegação mais segura, com o auxílio de ferramentas avançadas, consegue eliminar grande parte dos riscos.
Aqui estão algumas das vantagens de se adotar soluções tecnológicas:
Proteção de dados: evite que informações pessoais caiam nas mãos erradas. As ferramentas que bloqueiam ligações maliciosas ajudam a evitar esquemas fraudulentos.
Privacidade online: mantenha o seu histórico de navegação e atividades online fora do alcance de terceiros.
Redução de riscos financeiros: há muitas fake news que são criadas para cometer fraude financeira, que pode ser mitigada com uma boa proteção digital.
As fake news representam um perigo real e crescente na era digital. Contudo, desde que se tome as precauções adequadas, é possível navegar de forma segura e evitar ser-se vítima da desinformação. Lembre-se de verificar sempre as fontes, utilizar ferramentas de proteção online e adotar soluções como uma VPN para melhorar a sua segurança e privacidade.
Além disso, eduque-se continuamente sobre as novas táticas desenvolvidas pelos cibercriminosos e invista em ferramentas modernas de proteção. A educação digital é o primeiro passo para construir um ambiente online mais seguro para todos.
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Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para redacao@bantumen.com.
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