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A mais nova aposta de AÉME é "Mulonga", um termo em kimbundo que significa "crime” e que é explorado na letra desta música com um toque de toque de amor.
Áureo Miguel é uma artista no corpo de vários artistas. Assina ÁEME quando faz música mas, nas redes sociais, é o Áureo Miguel, um jovem dedicado à criação de conteúdo na Internet e humor.
"A música surgiu por causa de uma sessão que fiz com o Wavy [produtor musical], que correu pessimamente mal, porque foram horas e horas [de estúdio] mas não tinha saído nada que tivéssemos gostado. Tanto que saí da sessão frustrado mas, depois, meti-me num processo de criação que consiste em pegar inspirações, ouvir muita música e exercitar a escrita. Depois de alguns dias, eu já tinha o projeto pronto para ser gravado”, confidenciou o artista à BANTUMEN.
AÉME faz parte de um dos artistas angolanos da nova geração que tem apostado fortemente num sub-género da kizomba que tem estado adormecido, a tarraxinha. AÉME afirma que é um estilo que consome muito e aprecia realmente. Ao contrário do que se generaliza, a tarraxinha é uma porta aberta para diferentes narrativas e é também um estilo onde cabem histórias além dos amores, desamores e affairs. "É um género com que me identifico bastante, porque é um estilo de música que reflete muito aquilo que é a nossa cultura e jeito de ser e comigo não podia ser diferente. Sinto-me identificado por causa das experiências que fui vivenciando, que me foram contadas, e outras que crio apenas por diversão, sinto que tenho essa liberdade nesse estilo de música que é a tarraxinha. É tudo uma e questão de vibrações. Hoje sinto esse estilo, amanhã posso sentir outro ou vibrar noutra frequência, o meu objetivo é trazer a arte que tenho cá dentro, para fora", explicou.
https://www.instagram.com/p/DBwoUjiOTE2/
Por conta da timidez acirrada e ao facto de ter crescido num ambiente repleto de arte, especialmente na vertente musical, AÉME nunca teve coragem de mostrar as suas letras, acreditando que não tinha a voz adequada para qualquer estilo musical. No entanto, com o tempo e a motivação certa, o seu percurso tomou um rumo diferente. “Sempre fui muito tímido para mostrar as letras que tinha no telefone, porque achava que não tinha voz para cantar. Contava-se nos dedos de uma mão o número de pessoas que sabiam disso mas, em contrapartida, sempre tive gosto por música, tanto que na família tenho várias referências de nomes renomados no mundo da música, tais como “Eddy Tussa, Kristo, Nagrelha”... E isso, de alguma forma, me encorajou e me fez acreditar que eu seria capaz de tirar as letras - que antes escrevia só para mim - para o papel e as mostrar ao mundo", explicou.
O seu primeiro single tem o título de "Bondoki”, que nasceu de uma citação de Matias Damásio reinterpretada por ÁEME. "Nasceu de uma tentativa de fazer uma versão mais moderna “Mboa Gi” do Matias Damásio, tanto que na própria música eu uso uma parte da letra do Tio Matias para descrever melhor a ideia", disse.
Sobre "Mulonga", Áureo Miguel escreveu a letra, ÁEME interpretou, o instrumental é de Deejay Nuno Mix e Wavy produziu. O clipe foi gravado pela SixStudios e conta com a participação de Xandy.
O tema foi produzido também por Wavy Studios, produtor que AÉME descreve como a pessoa que acreditou bastante no potencial do projeto e a quem é “grato por isso".
AÉME tem também uma participação no single "Indecisa”, de JayPeeVee, membro do angolano grupo em ascensão The Project.
O artista explica que, em termos de planos para um futuro próximo com nomes como Lusah, BlackSpygo, Higino Alexandre, SpikeTheFake, PapiFlows e PapiTrey. E quer ainda trabalhar com outros artistas como Edgar Domingos, C4Pedro, Soarito, Chelsea Dinorath, Dolce. Contudo, “sei que não é só querer, preciso trabalhar para tal", rematou AÉME.
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