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O escritor Toneca Tomás apresentou recentemente o livro "Libertação da consciência negro-africana, gerar consciência positiva para uma África próspera" num evento marcado pela reflexão sobre o futuro do continente e a identidade negra. O lançamento decorreu sob o conceito "Um encontro entre africanos", reunindo figuras da diáspora e diversas organizações comunitárias.
A convite da presidente da Associação Caboverdeana, Dulcineia Sousa, o evento contou com a participação de projetos como Intercâmbio Diáspora, a ONG Liga Guineense dos Direitos do Ambiente, Azeite Kuyema e Amkura. Entre os presentes, destacaram-se os membros diretivos da Associação Cabo-Verdiana, Joaquim Vaz e Adelino Barros.
Toneca Tomás durante a apresentação do livro "Libertação da consciência negro-africana, gerar consciência positiva para uma África próspera" | Fotos DR
Durante a apresentação, Toneca Tomás citou diversos pensadores africanos, incluindo Maurice Makumba, para destacar a necessidade de um fundamento filosófico próprio para a política africana. O autor argumentou que os desafios do continente exigem soluções internas, alertando para a importância de abandonar discursos de vitimização e autodefesa.
"Como construir ou desenvolver um continente se ainda continuamos a trocar ouro, diamantes, marfim, petróleo e madeira por um espelho?", questionou. O autor incentivou uma reflexão sobre a valorização dos recursos africanos e a necessidade de unidade, evitando conflitos internos e promovendo uma filosofia de autossuficiência.
Toneca Tomás durante a apresentação do livro "Libertação da consciência negro-africana, gerar consciência positiva para uma África próspera" | Fotos DR
Natural de Amboim-Gabela, província do Cuanza-Sul, Toneca Tomás é formado em Filosofia pelo Seminário Maior de Luanda. Cresceu no meio rural e desenvolveu um pensamento progressista baseado na valorização dos valores culturais africanos. Defende que a construção do presente e do futuro deve partir do reconhecimento do passado, sem desconstrucionismos históricos.
O prefácio do livro, assinado por Mestre Kiavanda Afonso Félix, destaca a necessidade de libertação da mentalidade de inferioridade que limita o potencial criativo dos africanos. O autor desafia governos e sociedade a investirem na formação e desenvolvimento da consciência africana, colocando o povo no centro das decisões.
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