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Nos dias 5 e 6 de janeiro, o ator Welket Bungué conduziu um workshop dedicado ao movimento e à consciência do corpo. O evento, realizado no Centro das Artes Cênicas, UrGente, em Bissau, reuniu entusiastas da arte, profissionais da área e curiosos interessados em explorar de forma prática e teórica a conexão entre corpo e mente.
Criado com o objetivo de desenvolver e aprofundar a consciência corporal dos participantes, o workshop representou também uma oportunidade para o ator partilhar os conhecimentos que adquiriu ao longo dos últimos 15 anos. Para Welket, desconstruir conceitos e noções pré-estabelecidas de gestualidade é o ponto de partida para que o exercício teatral não caia num lugar comum.
“Com base no livro que escrevi "Corpo Periférico", desenvolvi uma metodologia e uma atitude perante a vida que se chama auto representação e que implica que o cidadão artista, possa entender que a gestualidade é uma coisa que vem carregada de signos que são impostos ou sugeridos ao longo da vida pela sociedade onde pertencemos”, afirma. O ator destacou que a consciência do corpo é fundamental para a melhoria da postura, além de ser uma prática essencial para quem trabalha com a arte da interpretação.
Explorar o movimento do corpo, sessões de improviso e momentos de reflexão sobre como o movimento pode ser uma forma de resgatar conexão com o presente, foram algumas das atividades desenvolvidas durante os dois dias de workshop. Um dos destaques foi a técnica de “respiração e movimento”, que alia gestos lentos e respirações controladas para promover relaxamento e concentração.
Com uma abordagem acessível, Welket permitiu que todos os participantes, independentemente do nível de experiência, se sentissem à vontade para explorar os seus limites físicos e emocionais. Durante o evento foram partilhados excertos do livro Corpo Periférico. Segundo o ator, a obra propõe a auto-representação como método e atitude artística.
O autor e realizador de PRIMA KU LEBSI, filme recentemente distinguido com o Grande Prémio do Afrobrix Film Festival, refletiu também sobre a relação entre consciência e corpo, destacando as limitações auto-impostas: “Muitas vezes, vemos limitações nos nossos corpos porque almejamos um estado ou uma envergadura que não nos pertence, o que nos afeta emocional, física e espiritualmente”, finalizou.
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