Zonas húmidas da Guiné-Bissau, um pilar ambiental e económico do país

4 de Fevereiro de 2025
Zonas húmidas Guiné-Bissau

Partilhar

Aissa Regalla de Barros, diretora-geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas-DR Alfredo Simão da Silva (IBAP), afirma que a Guiné-Bissau, um país abençoado por uma biodiversidade única e por ecossistemas de importância global, tem se empenhado, desde a década de 1990, na conservação das suas zonas húmidas.

 

Aissa Regalla de Barros falava esta segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025, durante a comemoração do Dia Mundial das Zonas Húmidas que se assinala no dia 2 de fevereiro sob o lema: proteger as zonas húmidas para o nosso futuro comum.

Em representação do Ministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Aissa de Barros destacou, durante a cerimónia, o orgulho da Guiné-Bissau em abrigar quatro zonas húmidas de importância internacional. “Hoje, orgulhamo-nos de abrigar quatro zonas húmidas de importância internacional. Estas áreas, que incluem mangais e estuários, desempenham um papel fundamental na manutenção da saúde do nosso ambiente e no bem-estar das nossas comunidades”.


Para Aissa de Barros, essas zonas são verdadeiros berços da vida, abrigando uma diversidade importante de espécies que dependem desses ecossistemas para a sua sobrevivência. Elas funcionam como filtros naturais da água, regulam o clima, protegem as comunidades costeiras contra desastres naturais e, mais do que isso, sustentam as economias locais, especialmente as comunidades que dependem da pesca e da agricultura.


Foto ©BANTUMEN/Golfario Apaiam

 

A Guiné-Bissau tem quatro zonas húmidas de importância internacional, reconhecidas pela Convenção de RAMSAR, nomeadamente as Lagoas de Cufada no Parque Natural das Lagoas de Cufada, a Reserva de Biosfera do Arquipélago de Bolama-Bijagos, o Parque Natural de Tarrafes de Cacheu e a Lagoa de Wandu Tcham no Parque Natural de Boé.

 

No entanto, a responsável assegurou que essas áreas vitais enfrentam grandes ameaças. A degradação ambiental, o desmatamento, a ocupação destas áreas, a poluição do plástico e as mudanças climáticas são desafios urgentes que precisam ser enfrentados com determinação. “Sabemos que a preservação das zonas húmidas não é uma tarefa fácil mas é imprescindível para garantir que esses ecossistemas continuem a servir às gerações presentes e futuras pelo bem-estar das nossas comunidades”

 

“Proteger as zonas húmidas não é apenas uma responsabilidade do governo, mas de toda a sociedade. Cada um de nós tem um papel fundamental, seja como cidadãos conscientes, seja como membros de uma comunidade engajada ou como parte de uma rede global de preservação ambiental. Para isso, é essencial que incentivemos políticas públicas que promovam a conservação das zonas húmidas e que envolvamos as comunidades locais, os pescadores, os agricultores e especialmente os jovens, para que se tornem defensores ativos desses ecossistemas”, vincou Aissa Regalla do Barros.

 

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para redacao@bantumen.com.

bantumen.com desenvolvido por Bondhabits. Agência de marketing digital e desenvolvimento de websites e desenvolvimento de apps mobile