“Sombras” é o primeiro single de Alice Costa, uma canção com alma africana e voz no fado, uma mistura cheia de ritmo que nos leva a uma viagem pelos sons lusófonos.
2023 foi o ano escolhido para dar vida a este single, que a mesma diz ser o seu grande passo, o de lançar o seu primeiro single a solo escrito por si e com edição da Kavi Music. “Escolhi sombras porque escrevi esta letra durante a pandemia e, nessa altura, vivia um período sombrio da minha vida, em que não me sentia muito bem comigo mesmo e não conseguia me sentir feliz. O processo criativo desta música foi muito longo e até digo complexo”, explicou-nos Alice em exclusivo.
“Sombras” surge de um período difícil que Alice teve de enfrentar. “Tinha perdido a minha avó há pouco tempo e depois, de repente, entra também a pandemia, não foi nada fácil lidar com todas essas circunstâncias. Por isso, esta música é reflexão daquele período”, acrescentou.
“A letra foi o que consegui exprimir rapidamente, mas a procura da estética sonora demorou mais tempo. Gravei e regravei muitas vezes, experimentei diferentes produtores, engenheiros de som até encontrar a tal ‘minha’ sonoridade que tanto procurava”, concluiu.
Este tema, sendo o primeiro, para Alice é um tema de descoberta e de libertação enquanto artista, por isso sofreu várias mudanças ao longo destes últimos dois anos. Trabalhou com vários produtores como Mr. Carly, Willow Beatz, Felino, Pedro Henriques e Daus, sendo que o resultado final é fruto do trabalho dos dois últimos.
Alice Costa foi soldado do exército português e durante seis anos fez parte da Orquestra Ligeira do Exército Português, o que lhe possibilitou descobrir quem realmente é, sobretudo enquanto artista. A experiência proporcionou-lhe também muita bagagem, estrada e muita noção do que é preciso para estar em cima dum palco. Afinal, “é uma grande responsabilidade”, afirma a cantora.
Este single é uma antevisão do seu EP Afrolusitana – ainda sem data de lançamento – é um projeto/movimento em que Alice e a sua equipa Kavi Music estão a trabalhar.
Wilds Gomes
Sou um tipo fora do vulgar, tal e qual o meu nome. Vivo num caos organizado entre o Ethos, Pathos e Logos – coisas que aprendi no curso de Comunicação e Jornalismo.
Do Calulu de São Tomé a Cachupa de Cabo-Verde, tenho as raízes lusófonas bem vincadas. Sou tudo e um pouco, e de tudo escrevo, afinal tudo é possível quando se escreve.