Um ano depois de ter realizado uma cirurgia às cordas vocais, a cantora moçambicana Assa Matusse regressa aos palcos e prepara o segundo álbum, em Paris, França.
Além de todas as restrições e condicionantes derivadas da pandemia da COVID-19, nos últimos tempos, Assa teve de enfrentar ainda a mudança progressiva do seu tom de voz devido a um problema nas cordas vocais.
Depois de uma intervenção cirúrgica necessária, a artista quer agora explorar diferentes musicalidades e iniciativas de embarcar em intercâmbios culturais na Europa.
“Passei por um período de frustração, mas graças aos conselhos da Ministra da Cultura e Turismo, Edelvina Materrula, decidi abraçar um projeto de residências artísticas e viajar pelo mundo, cantarolando” explicou Assa Matusse.
A decisão da jovem artista, que estreou-se em Moçambique no reality show infantil “Tribo Júnior”, já está a surtir efeitos. “Estou a trabalhar com os músicos e produtores internacionais com quem nunca pensei que iria trabalhar. Estou a dar continuidade à produção do álbum, tenho cantado em diversos lugares em Paris e fui convidada para tocar na gala da UNESCO, em representação de Moçambique.
“É desafiador estar em Paris, não é fácil ser reconhecida fora da nossa zona de conforto, mas não é impossível. Sou lusófona e sinto-me privilegiada por poder partilhar experiências e os palcos com artistas francófonos”, concluiu Assa Matusse.
“Menina do bairro”, como é carinhosamente tratada no seu país, soma e segue inspirada pelas vivências das mulheres de Mavalane, um dos subúrbios de Maputo, onde nasceu e reside.
Satisfeita com o rumo da sua carreira, depois de França a cantora segue rumo à Noruega, Espanha e Portugal.
Assa Matusse é uma cantora e compositora moçambicana e dona de uma voz, inconfundível. Nasceu a 12 de junho de 1994 em Maputo. Foi influenciada por músicos moçambicanos e africanos em geral. Vencedora do prémio Ngoma 2013, em 2015 foi convidada a fazer um interc|ambio cultural e estudar na Noruega e em 2016 venceu a competição internacional “The Voice of Pengea”, em Madrid.