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Autores cabo-verdianos vão ter apoios para traduzir as suas obras

Ministro da Cultura
Foto: Pedro Moite

O ministro da Cultura de Cabo Verde promete apoiar à tradução de escritores cabo-verdianos, considerando-a a par com a participação em festivais, as estratégias mais consistentes de internacionalização da literatura do país.

“A participação nos festivais e a tradução são as estratégias mais consistentes de internacionalização dos nossos autores. Os festivais colocam os nomes cabo-verdianos nas agendas internacionais”, disse.

Abraão Vicente falava aos jornalistas no âmbito do festival Literatura – Mundo do Sal, que decorre desde quinta-feira, nas cidades de Espargos e Santa Maria, e a cuja sessão de encerramento vai presidir esta segunda-feira, ao final do dia.

Promovido pela câmara municipal do Sal, pela editora Rosa de Porcelana e com curadoria do escritor português José Luís Peixoto, o festival trouxe à ilha cabo-verdiana meia centena de escritores, tradutores, jornalistas e investigadores para debater e analisar a literatura mundo.

Ao longo de quatro dias, por diversas ocasiões, foi destacado o papel fundamental da tradução na definição da literatura mundo, com o escritor cabo-verdiano Germano Almeida a sublinhar a necessidade dos poderes públicos apoiarem os escritores neste processo.

Abraão Vicente reconhece a importância da tradução e promete consagrar uma verba no Orçamento do Estado para o efeito.

“Temos de fazer. A nossa ideia é financiar a tradução dos nossos autores consagrados, nomeadamente Germano Almeida que estará em outubro num festival em Porto Rico num investimento do Estado de Cabo Verde para apresentação das suas obras, que já são traduzidas em inglês e em espanhol”, afirmou.

O ministro da Cultura considerou, por outro lado, que não vale a pena participar em eventos internacionais sem que os escritores sejam traduzidos.

“Há um custo associado à tradução das obras e à sua republicação em outros idiomas, bem como a fazê-las entrar no esquema internacional das editoras e das redistribuidoras. O grande problema da literatura cabo-verdiana é o acesso aos espaços de venda”, reforçou.

Neste contexto, o ministro destacou a importância de festivais como o que agora termina no Sal, como o que promove em outubro na cidade da Praia (Festival Morabeza) ou como o que está a projetar para a ilha Brava.

“O festival assenta na ideia de um sítio longe, supostamente inacessível, onde vamos levar três ou quatro grandes nomes da literatura lusófona e internacional para criar a partir da ilha da Brava”, disse.

Por outro lado, adiantou que, através do Festival Morabeza, está já garantia a participação de autores cabo-verdianos em festivais de Macau, Portugal e Porto Rico.

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