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A homenagem a Azagaia com o “povo no poder”, em Lisboa

As palavras tornam-se pequenas quando se fala de Azagaia, o seu nome, Edson da Luz, traz esperança de acreditar num mundo melhor, mais igualitário, mais justo e mais solidário. O povo ganha força e tem poder.

E foi isso mesmo que se fez sentir na noite de ontem (6), na Casa Independente, em Lisboa, durante o concerto em homenagem ao rapper moçambicano falecido em março passado.

Foram cerca de 22 músicos que se reuniram para celebrar Azagaia, a sua vida e obra. Na porta da Casa Independente, a fila à porta chegou a formar um raio de quase um quilómetro. Todos ali presentes diferentes e ao mesmo tempo iguais, com camisolas com o rosto do rapper estampada no peito, outros com a bandeira de Moçambique erguida e boinas na cabeça. Parecia uma festa de revolução, que faz jus ao que Azagaia cantava pela justiça social.

No palco já os preparativos para festa tinham começado. Primeiro com um vídeo de nove minutos de Edson da Luz, e de seguida a DJ Indira Mateta fazia o aquecimento com faixas extraídas de álbuns do rapper como o “Cubaliwa”. A sala ia enchendo à medida que os BPMs iam aumentando e, de repente, a sala tornou-se pequena para tanta gente.

Muitas pessoas importantes para a luta antirracista, contra o nepotismo, a desigualdade, o preconceito e elitismo – palavras de ordem em muitas letras do rapper – não puderam estar presentes, mas fizeram-se sentir através de vídeos, como Hélder da Luz, Mamadou Ba, Kid MC, Stewart Sukuma, Vinicius Terra, Dino D’Santiago, Guto, MCK, entre outros.

Entrou em palco Maria João, cantora portuguesa de jazz, e de seguida Sérgio Godinho, artista referência da música popular portuguesa. Chegou a vez de Prodígio, que se fez acompanhar de Paulo Flores para juntos cantaram “30 e Tal” em modo acústico. Mirza, cantor moçambicano, preferiu não cantar para recitar o tema “Começa em Ti”, de Cubaliwa, primeiro álbum de Azagaia, lançado em 2013.

Seguiu-se Ikonoklasta (Luaty Beirão), vestido de um fato de licra, completamente negro da cabeça aos pés, sem que se conseguisse ver os olhos ou mesmo a boca. Milton Gulli cantou umas das músicas do seu álbum, “vou cantar esta música porque era das preferidas do Azagaia”, disse.

Prince Wadada, Karyna Gomes e Papillon foram dos últimos nomes a marcar a sua presença em palco e a homenagear o artista que foi e continuará a ser Azagaia.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

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