Badiu é a nova master piece de Dino D’Santiago. O álbum está disponível desde esta sexta-feira, nos formatos físico e digital.
Com 12 músicas, o projeto é resultado de um confinamento de um mês, numa casa em Sintra, onde a porta esteve sempre aberta para quem quisesse entrar. Por isso, Badiu é “fruto de trabalho comunitário, com muitas fronteiras mas sem limites”.
Fizeram assim parte do processo Tristany, Valete, Slow J, NBC, Nayela, Toty Sa’Med, Edna Oliveira, Alícia Rosa, Lígia Pereira, Djodje, Kady, Princezito, Loreta KBA, Vhils, além de outros músicos, “foram-se juntando, conversávamos e as canções foram nascendo a partir dessas reflexões sobre o mundo. Fizemos 37 canções num mês, para dali tirarmos as 12 que estão no disco, mas poderíamos ter feito três discos muito diferentes entre si”, disse Dino em entrevista para o Jornal Público.
Sonoramente, Badiu é uma obra embalada pelo Batuku, catártico, cru e negro, que permitiu que gerações novas de cabo-verdianos se reconciliassem e aprendessem a reivindicar a sua herança africana. É a partir deste género basilar, feminino e badiu, que Dino D’Santiago constrói diálogos com o mundo da eletrónica, zouk ou hip-hop. Dando voz às histórias, angústias e alegrias da nação crioula que tem o Atlântico como uma extensão do seu território e a música como o único refúgio para a alegria.
Como tem vindo a acontecer desde Mundu Nôbu, o autor de “Nova Lisboa” volta a assinar a produção executiva ao lado de Kalaf Epalanga e Seiji.
Além dos produtores com quem tem vindo a colaborar frequentemente, Nosa Apollo, Toty Sa’Med ou Branko, a viagem sónica e afro-futurista deste Badiu conta também com contribuições preciosas de Charlie Beats, Berlok e Nami.
Já o microfone foi partilhado com Slow J, Lido Pimienta, Rincon Sapiência e Nayela, assim como apontamentos vocais de Nha Tareza, Tristany e Lucas d’Santiago, backing vocals de Edna Oliveira, Alícia Rosa, Lígia Pereira e Elísio Pereira.
As composições são de Princezito, Djodje Almeida, Valete, Sir Scratch, Loreta KBA, Djodje ou Kady fazem deste disco um verdadeiro projeto coletivo.