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Banco Económico e Goethe-Institut Angola expõem “A arquitectura da Independência”

Goethe-Institut

O Banco Económico e o Goethe-Institut Angola apresentam a exposição fotográfica Modernismo Africano-Arquitectura da Independência, que integra imagens de 80 edifícios de cinco países africanos – Gana, Senegal, Costa do Marfim, Quénia e Zâmbia –e retrata a modernidade, a busca de identidade e a ousadia arquitectónica inspiradas pelas conquistas das suas independências. Com curadoria do arquitecto suíço Manuel Herz, as imagens em mostra são da autoria dos fotógrafos Iwan Baan e Alexia Webster. A exposição abre ao público no dia 17 e fica patente até 25 de Maio, na Galeria Banco Económico, nas Ingombotas, Luanda, e será de entrada livre.
A exposição explora a arquitectura como forma de expressar novas identidades de diversos países africanos, no período pós-independência. O conceito curatorial parte da pesquisa do arquitecto suíço Manuel Herz, e da sua equipa da Universidade de Zurique, que têm vindo a realizar um levantamento de edifícios modernistas, com particularidades específicas, em países como Gana, Senegal, Costa do Marfim, Quénia e Zâmbia. A investigação de Manuel Herz deu origem a um livro e a uma exposição, com o objectivo de divulgar e evidenciar um notável património arquitectónico, em parte ameaçado pelo desaparecimento.

Modernismo Africano – A arquitectura da Independência

Os edifícios retratados na exposição apresentam um conceito arquitectónico original e surpreendente. Estas construções são a afirmação da autonomia e soberania dos países africanos, após alcançarem a sua independência. O crescimento que se verificou, depois da queda do colonialismo, naqueles países coincidiu com o eclodir de uma nova estética, que deu origem a impressionantes edifícios, símbolos de um novo optimismo.
A arquitectura moderna dos anos 1960 e 1970 representava a liberdade e a autodeterminação nacional nesses países. Este novo estilo arquitectónico – moderno, futurista e experimental – deve, por isso, ser interpretado como um símbolo da procura de identidade destas jovens nações.
Estas construções apresentam uma qualidade expressiva e, em muitos casos, podem ser consideradas quase épicas. Denotam um grande nível de experimentação com fachadas – venezianas, telas solares, tridimensionalidade da fachada adaptada ao clima, entre outros – e, de um modo geral, são edifícios muito esculturais, evidenciando uma atenção especial aos detalhes.

Quando a fotografia releva a arte

As imagens da exposição Modernismo Africano – A arquitectura da Independência foram captadas pelas câmaras de dois fotógrafos: Iwan Baan e Alexia Webster.

Iwan Baan é um fotógrafo holandês reconhecido pela representação de pessoas, contexto, sociedade e meio ambiente em torno da arquitectura. Começou a fotografar arquitectura em 2005 e, desde então, tem colaborado com os principais arquitectos do mundo, fotografando projectos institucionais, públicos e privados. Também faz documentários, projectos de iniciativa sociail- como escolas, bibliotecas e centros comunitários – em África, Ásia e América Latina. Em 2010, Iwan recebeu o Prémio de Fotografia de Julius Shulman Institute e, em 2011, foi nomeado pela revista “Il dell’architettura Magazine”, como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo da arquitectura contemporânea.
Alexia Webster é uma fotógrafa freelancer nascida em Joanesburgo. Viajou muito pelo continente africano como fotógrafa documental. O seu trabalho foi publicado em meios internacionais de referência, como o The New York Times, The Guardian, The Washington Post, The Financial Times Magazine, Revista Wired, Wall Street Journal, The Observer Magazine, Le Monde, San Francisco Chronicle, CNN, Domingo Telegraph, The Age Austrália, Sydney Morning Herald, Marie Claire e SonntagsZeitung Suíça. Ao longo dos anos, Webster ganhou diversos prémios e bolsas de inúmeras entidades internacionais. Alexia também trabalhou na indústria cinematográfica como editora, cinegrafista e directora de documentários e videoclipes.
Esta exposição do Goethe-Institut, que chega agora a Angola, já foi exibida no Senegal, no Quénia, na África do Sul e no Ruanda.
Goethe-Institut
Sobre o curador, Manuel Herz é um arquitecto suíço especializado em planeamento urbano. Entre os edifícios recentemente construídos por Herz destacam-se o Centro Comunitário Judaico de Mainz, o edifício de uso misto “Legal/Ilegal” em Colónia, e uma extensão do museu (com Eyal Weizman e Rafi Segal) em Ashdod, Israel.
Do seu portfolio constam vários projectos premiados, nomeadamente, com o German Facade Prize 2011, o Cologne Architecture Prize 2003, o German Architecture Prize for Concrete em 2004 e uma indicação para o Prêmio Mies van der Rohe de Arquitectura Europeia, 2011.
 

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