Batuk é um grupo africano que marca a diferença na música e que se divide entre o português dos PALOP e o inglês da África do Sul. Manteiga, vocalista do grupo e os produtores Aero Manyelo e Spoek Mathambo, são os ingredientes que dão sabor ao prato que vem de Joanesburgo, África do Sul, para o mundo.
Como já referimos aqui nestes últimos dias, o EDP Rock Street África foi o palco onde passaram vários talentos africanos, uns de renome e outros que deram a conhecer mais o seu trabalho, de uma forma melódica e festiva.
Os Batuk entraram em palco sem censura, mostraram tudo o que tinham, o visual futurista, sensual e incomparável. Deram um show. As luzes do palco brilhavam tanto quanto o guarda-roupa da banda, quem não os conhecia, passou a conhecer, e da melhor maneira.
A música feita por eles é uma mistura de house com afro-house, rap e um pouco de soul e música electrónica, uma mistura diferente que tinha tudo para não resultar, mas que acabou por resultar e muito bem.
Lançaram recentemente um álbum, Kasi Royalty, o segundo da banda. É um álbum dance-pop, que homenageia a cultura “Kasi” do termo “Lokaasie” da África do Sul. As faixas são muito próprias com uma sonoridade única, sem esquecer que as músicas da banda já sofreram (no bom sentido) remix’s da dupla de DJ’s angolanos, HomeBoyz Musik.
Em entrevista à BANTUMEN, os Batuk, falaram do que sentiram ao tocar em solo português, principalmente num palco dedicado a África e o amor que sentem pela lusofonia. Vê a entrevista abaixo:
Wilds Gomes
Sou um tipo fora do vulgar, tal e qual o meu nome. Vivo num caos organizado entre o Ethos, Pathos e Logos – coisas que aprendi no curso de Comunicação e Jornalismo.
Do Calulu de São Tomé a Cachupa de Cabo-Verde, tenho as raízes lusófonas bem vincadas. Sou tudo e um pouco, e de tudo escrevo, afinal tudo é possível quando se escreve.