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Boca Fala Tropa, explorar a memória através do Kuduro

Boca Fala Tropa
Gio Lourenço | 📷: © ESTELLE VALENTE

Gio Lourenço vai levar ao BlackBox, em Montemor-o-Novo (Portugal), a performance Boca Fala tropa, nos dias 7 e 8 de junho.

O ator e bailarino utiliza o corpo em diferentes ritmos, e com base nos movimentos do Kuduro, para construir um itinerário biográfico, onde o corpo se torna uma alegoria da memória. Boca Fala tropa propõe um território artístico deslocado de uma geografia concreta – o trânsito entre Angola e Portugal – partindo dos passos e códigos do Kuduro para entrelaçar elementos da memória individual, e as suas inevitáveis ficções, com elementos da memória coletiva.

O Kuduro surge nos anos 1990, em Luanda, no contexto de uma guerra civil. Os códigos específicos desse estilo de música e dança chegaram a Portugal através dos corpos e das fitas K7 daqueles que se movimentavam entre esses dois países. Foi durante a adolescência, no final dos anos 90, já vivendo em Portugal, que Gio Lourenço entrou em contato com esse universo e se tornou num Kudurista, descobrindo um corpo fragmentado – o seu próprio – onde a memória reinventa-se no gesto.

A sublinhar que a performance Boca Fala Tropa já passou pelo Teatro São Luiz, em Lisboa, em novembro de 2022.

Gio Lourenço é um ator residente do Teatro GRIOT desde a sua formação. Com uma extensa trajetória artística, já participou em peças de renomados diretores como Zia Soares, Rogério de Carvalho, Nuno M. Cardoso, Guilherme Mendonça, Bruno Bravo, António Pires e João Fiadeiro. A sua versatilidade também o levou a atuar em séries de televisão como “Equador”, “Inspetor Max” e “Ele é Ela”. Além disso, Gio Lourenço também deixou a sua marca no cinema, tendo participado em curtas-metragens como Filmes e Telemóvel, de Adriano Luz, e Verdade Inconveniente, de Pedro Sebastião e Paulo Cuco.

Em 2021, o ator, que atualmente reside em Portugal, apresentou a performance intitulada Preta no Pavilhão da Holanda na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza. Essa criação de Lourenço é baseada nas suas memórias dos anos 1990, quando deixou Luanda em direção ao Bairro do Fim do Mundo, localizado na zona de Cascais, que na época era habitado principalmente por imigrantes vindos de Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau.

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