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Bons Malandros: a cooperativa musical que também é uma família

Bons Malandros | Fotografia de Miguel Roque / BANTUMEN
Bons Malandros | Fotografia de Miguel Roque / BANTUMEN

Para este novo episódio, a ideia era ser um podcast com um dos membros dos Bons Malandros, mas não fazia sentido quando no estúdio da Flux estavam três pessoas. Com o Ary já tínhamos falado, então acabamos por conversar com Lukky Boy e Iuri Policarpo.

Lukky Boy começou por fazer beats como DJxjay, mas de forma amadora e acabou por evoluir para Seven, depois de umas aventuras na música cantada em inglês. Entretanto, “This the Lukky Boy, yeah” era a voz de marca que se ouviam nos beats que produzia e achou por bem adoptar definitivamente este nome.

Lukky Boy é um jovem prodígio no campo da produção. A Big Bit juntamente com Nuno Varela, da Hip Hop Sou Eu, foram o pilar necessário para que Lukky começasse a trilhar o seu caminho dentro da música.

Os seus primeiros instrumentais surgiram a partir de um computador Magalhães – computador portátil de baixo custo, montado em Portugal, lançado em 2008 dentro do circuito escolar.

A veia musical transporta consigo desde casa, onde o pai e o tio são músicos. A sua forma de criar música é como se fosse uma viagem dentro dos instrumentais que cria. Vai sempre em busca de algo diferente, mistura o afro com trap e funk, tornando a sonoridade única.

Bons Malandros | Fotografia de Miguel Roque / BANTUMEN
Bons Malandros | Fotografia de Miguel Roque / BANTUMEN

“Todas as pessoas que vão ao estúdio comigo começam a ouvir um beat de trap e depois do nada entramos num afrotrap e acaba com um funk, e as pessoas pensam ‘ah afinal’ (…). É uma veia criativa passada de família”, explicou Lukky Boy.

O seu hustle tem dado frutos. Faz parte da cooperativa Bons Maladros, juntamente com Ary Rafeiro e Iuri Policarpo. Trabalhou com a Cíntia, em músicas antigas antes de “Grana“ que já atingiu mais de um milhão de visualizações no YouTube. A música é o primeiro single da artista que acabou por ganhar grande popularidade entre os jovens, em Portugal e não só.

Lukky produz, é DJ e ainda canta. O típico triple threat, ameaça tripla, em português. Tem projetos a caminho, um deles recentemente lançado, o primeiro single, onde voltou a trabalhar com Cíntia. “Game Over” não tem um estilo definido, é uma mistura de sonoridades, com um lado afro muito forte.

Nos Bons Malandros, e de acordo com o significado de cooperativa, o objetivo é trabalhar de forma a gerar benefícios iguais a todos os membros, os chamados cooperados – é uma entre-ajuda em que cada um ajuda o outro para que o sucesso seja fácil de alcançar.

Bons Malandros | Fotografia de Miguel Roque / BANTUMEN
Bons Malandros | Fotografia de Miguel Roque / BANTUMEN

E nesse espectro que também entra Iuri Policarpo, fotógrafo e videomaker, responsável pela boa imagem tanto nas fotografias como nos videoclipes dos Bons Malandros.

Tudo começou no seu bairro, em Santo António dos Cavaleiros, Loures, arredores de Lisboa, num projeto social onde Ary fazia parte e ensinava os miúdos no departamento musical. Iuri já conhecia o seu trabalho como rapper e depois como produtor. Foi aí que a conversa entre os dois surgiu, através da arte.

Desde então, Iuri tornou-se membro da família dos malandros e passou a registar a estrada que Ary fazia na música.

Os primeiros cliques aconteceram para expor a sua própria imagem, ainda no Hi5 (a rede social que podemos considerar o pai do Facebook). Foi o ponto de partida para que o gosto se tornasse amor. Primeiro em seu beneficio e depois para os outros. Começou por ter formações no bairro e depois cursos sobre como mexer numa câmara, o que usar e como usar. Passou para a componente vídeo e a realizar videoclipes. Inicialmente o valor cobrado era simbólico, tendo em conta a pouca experiência na altura. Eram videos amadores, “muito arcaicos e muito para o desenrasco”, como o mesmo explicou.

Bons Malandros | Fotografia de Miguel Roque / BANTUMEN
Bons Malandros e Wilds Gomes ao centro| Fotografia de Miguel Roque / BANTUMEN

Os Bons Malandros são uma família, onde as ramificações e extensões são várias. A criatividade é a palavra chave de cada membro que, em conjunto, tornam essa cooperativa algo palpável para fazer boa música ligada a um visual interessante, dançante e acolhedor. Faz play abaixo para perceber o porquê.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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