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Bustagate: “Eis o panorama escandaloso da violência e desigualdade social em Portugal”, Welket Bungé

Busgate

Tempos estranhos estes que vivemos atualmente. Ainda a braços com uma pandemia que isolou perto de cinco bilhões de pessoas e matou quase 400 mil, o mundo, em uníssono, abriu agora os olhos para outro vírus que mata e incapacita, o racismo.

Um ano depois dos incidentes entre a polícia e os moradores do Bairro da Jamaica e quatro meses depois de Cláudia Simões ter sido espancada na via pública e dentro de uma viatura da PSP, Welket Bungé lança a curta-metragem Bustagate.

O filme, gravado em Cabo Verde, é inspirado em factos reais e conta com as interpretações de Isabél Zuaa e Cleo Tavares. E além de voltar a trazer de novo para a discussão pública factos sobre a discriminação enfrentada na pele, diariamente, pela comunidade negra, é ainda uma homenagem à memória de Luís Giovani Rodrigues, o estudante caboverdiano que morreu em Dezembro de 2019, depois de ter sido agredido por pelo menos dez homens em Bragança (norte de Portugal).

A produção de Busgate ficou a cargo da Kussa Productions.

“Eis o panorama escandaloso da violência e desigualdade social em Portugal. Eis um filme-intervenção póstumo à sua personagem imaginária, dedicado aos portugueses. Temos de entender quais são as questões sociais fraturantes da nossa sociedade. Somos brandos, e por isso acreditamos que a colonização de África, da América do Sul (…) foi uma missão importante que uniu a humanidade. Hoje grande parte da nossa riqueza deriva dos ganhos do nosso passado de violência, portanto devemos muito a esses povos agora ex-colonizados”, explica o ator e realizador Welket Bungué.

Bustagate é um filme híbrido, que mistura textualidade e três narrativas visuais para contar e asfixiar o público, fingindo colocá-los no mesmo lugar que a nossa deflagrada heroína, a sociedade. É um filme-intervenção póstumo ao personagem imaginário aqui chamado Pretugal (personificando o Luís Giovani Rodrigues), dedicado ao povo português (aos tradicionalmente “nativos” e aos descendentes do continente africano que nasceram aqui).”

Esta criação de Welket Bungué segue o assunto principal do filme-manifesto (ou filme-intervenção) anterior, Eu Não Sou Pilatus, selecionado para o DocLisboa em 2019.

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