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CFAS: “Agradeço a Deus por tudo o que tenho, mas ‘Não me Chega’”

CFAS / Foto: Eddie Pipocas/ BANTUMEN
CFAS / Foto: Eddie Pipocas/ BANTUMEN

Eram por volta das 11 da manhã e a equipa preparava-se para meter mãos à obra. Uns já na rua em entrevistas, outros na sala a editar podcasts, enquanto alguns artigos iam sendo escritos, quando entretanto recebemos uma mensagem (caso não saibam, a BANTUMEN tem um número de contacto no WhatsApp).

No corpo da mensagem lia-se sobre um miúdo de 18 anos que fez da música a sua amiga e confidente. O nome desse miúdo é CFAS. O remetente da mensagem era a sua irmã mais velha, Carina, que o apoia e é a sua melhor amiga.

Já te deves estar a perguntar o porquê dessa introdução familiar. Nós explicamos. A maioria dos sonhos só são realizáveis quando se tem alguém que acredite neles como a própria pessoa acredita. E Fernando Cliver Lima Francisco ou CFAS – C de Cliver e F de Fox, alcunha dada pelo seu amigo com quem começou a cantar – é fruto de um sonho cuja família é o grande motor.

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CFAS, Wilds (jornalista) e Carina (irmã) / Foto: Eddie Pipocas/ BANTUMEN
CFAS, Wilds Gomes (jornalista) e Carina (irmã) / Foto: Eddie Pipocas/ BANTUMEN

A curiosidade bateu-nos à porta. Quisemos conhecer este rapper, que veio ao nosso encontro. Em Lisboa, a tempestade Elsa fazia-se sentir de forma quase catastrófica mas isso não impediu CFAS e a sua fiel irmã de trocarem dois dedos de conversa com a BANTUMEN.

“Em miúdo dançava e ouvia muito Kuduro. Influenciado pela minha irmã comecei por ouvir SwckerBoyyz, grupo do Deezy e Monsta, em meados de 2011. Mas foi a música “Rapidinha” de Monsta que me fez acreditar que a música era possível, e comecei a escrever a partir daí”, explicou.

Entretanto mudou-se para Angola, o seu país de origem, onde viveu durante dois anos, e a escrita tornou-se a melhor forma de desabafo. “Passava dias a escrever e depois daí comecei àprocura de sítios para gravar, numa altura onde era muito duro conseguir algo”.

CFAS
CFAS e Carina (irmã) / Foto: Eddie Pipocas/ BANTUMEN

Em Angola, o que vira não o inspirava muito. A sua cabeça estava em Portugal e naqueles que realmente o faziam gostar mais de música, como o grupo da Linha de Sintra Força Suprema. As letras de atitude e vitória do grupo acabaram por se tornar num mantra para CFAS. Foi gravando aqui e ali e lançado alguns temas em conjunto com elementos do grupo que criou, os 71.

Agora quer lançar um projecto a solo, com mais consistência e maturidade, apesar de ainda ter 18 anos. Para já, CFAS quer acabar a escola e tê-la como plano B caso não singre na música.

“Não me Chega” é o seu primeiro grande trabalho, e é o single que pode dar vida a um EP. A letra fala da luta por algo mais do que aquilo que tem e se contenta. “Eu agradeço a Deus por tudo o que tenho, mas não me chega, quero mais”, afirmou.

O processo de gravação já foi iniciado, assim como a realização de alguns videoclipes, prontos para serem lançados. “Não me Chega” é uma prenda de Natal que chega a dia 25 de dezembro. É o resultado do seu percurso a solo, depois de cada elemento do seu grupo “71” ter seguido um caminho diferente, numa altura em que viam a música apenas como brincadeira.Mas CFAS Sempre viu o lado sério desde passatempo e, hoje, tem apostado suor, sangue e lágrimas para que consiga chegar onde quer chegar.

CFAS/ Foto: Eddie Pipocas/ BANTUMEN
CFAS/ Foto: Eddie Pipocas/ BANTUMEN

Os 18 anos que tem são apenas um número e que não transmitem a maturidade que o rapper passa nas suas músicas ou na sua forma de falar e pensar. Essa forma de ser e estar é o culminar da educação que teve e as experiências que viveu entre Angola e Portugal.

“Sei que o mercado musical em Portugal está grande, está a crescer muito. Sei que vou conseguir me diferenciar pela criatividade. A minha realidade é diferente, canto a minha realidade apenas. É não desistir e querer mais, e acreditar que eu vou conseguir. Não quero ser melhor, quero ser diferente apesar de ter competição. Cada um é como cada qual, e não sinto pressão”, afirmou CFAS.

Nesse percurso, gostaria de trabalhar e fazer parcerias com nomes importantes do panorama musical português, como Sam The Kid, Força Suprema, entre outros. O palco do Festival Sudoeste é um dos objectivos a alcançar muito em breve.

Abaixo, na entrevista vídeo, podes ver e conhecer um pouco mais sobre este jovem que quer conquistar o mundo com a sua música.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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