A tua barriga pode esticar mais do que os limites delineados pelo teu cinto. Mas quanto ao teu cérebro, quanto mais pesado estás, mais ele encolhe consoante envelheces, mostram as novas investigações da Universidade Nacional da Australia.
No estudo, as pessoas mais velhas que tivessem peso a mais ou que fossem obesas mostraram ter menos voluminous hipocampo — a parte do cérebro mais afectada pela doença de Alzheimer — do que as pessoas com peso normal.
Com o passar de 8 anos a serem seguidos, estas pessoas mostraram uma maior taxa de encolhimento desta área.
E estas são más noticias para o teu cérebro. Não só pode contribuir para deficiências subtis na memória — exemplo, não lembrares onde estacionaste o carro — mas o encolhimento do hipocampo também te pode deixar em alto risco de distúrbios de humor e demência, explica o coordenador do estudo o Dr. Nicolas Cherbuin.
Podes culpar a tua banha por esta ligação. O tecido adiposo (gordura) desperta a libertação de moléculas inflamatórias no teu corpo, que circula neste e fazem o seu caminho até ao cérebro.
Aqui, a inflamação diminui a produção de novos neurónios — células nervosas que produzem e transmitem sinais no teu corpo — mata a existência de outros e acelera o aparecimento de danos no nosso DNA, explica Cherbuin.
O resultado? Danos no tecido delicado do teu cérebro, leva ao comprometimento da sua função.
Mesmo sabendo que o estudo aponta para pessoas nos seus 60 anos, tu não estás livre se és jovem e andas a acumular quilos. Isto porque é provável que o peso extra produza efeitos significativos ao longo do tempo, diz Cherbuin.
As boas noticias, é que manter o teu peso sob controlo agora, pode beneficiar o teu cérebro mais tarde. E quanto mais cedo o fizeres, melhor. Isto porque pesquisas preliminares sugerem que o retorno ao peso normal diminui a inflamação e impulsiona o hipocampo.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.