O Índice de Percepção da Corrupção (IPC), organizado pela organização Transparência Internacional (TI), acaba de classificar 180 países e territórios pelos níveis de percepção da corrupção no sector público. Angola é um dos países da África Subsariana com maiores progressos e Cabo Verde é o melhor classificado entre os PALOP.
Numa escala de zero (altamente corrupta) a 100 pontos (limpa da percepção de corrupção), entre os países africanos de língua oficial portuguesa, Cabo Verde é o primeiro país que aparece com uma nota de 58 no Índice de Percepção de Corrupção, ocupando a posição 39. São Tomé e Príncipe ocupa a posição 66 com 45 pontos, seguido de Angola com 29 pontos na posição 136 na lista, que segundo a organização não-governamental Transparência Internacional, registou uma “melhoria significativa” ganhando 7 pontos desde 2012. Moçambique aparece na posição 147 com 26 pontos e Guiné Bissau aparece em 162 com 21 pontos.
Em Angola, a melhoria surge em consequência da governação de João Lourenço, desde 2017. O relatório do TI diz que Angola que tomou “medidas fortes contra a corrupção” dentro do país, e as “autoridades prosseguiram com investigações de corrupção de alto nível na antiga família governante”.
Entre os falantes de português, Portugal é o melhor posicionado com 62 pontos, ocupando a 30ª posição. Timor-Leste está na posição 82 com 41 pontos e Brasil ocupa a posição 96 com 38 pontos.
Os países da África Subsariana registram uma média de 33 em 100 pontos, sendo considerada como a pontuação mais baixa do mundo, onde 44 dos 49 países analisados da mesma zona têm uma pontuação abaixo dos 50.
O relatório indica também que os melhores desempenhos da zona subsariana está no Botswana, com 55 pontos na posição 45.
A nível do globo, o TI confirma que os níveis de corrupção continuam fixos com 86% dos países a fazerem o mínimo ou (quase) nenhum progresso desde 2012.